
To por aqui - Lizaldo Vieira
Data 25/09/2011 03:15:52 | Tópico: Poemas
| To por aqui – Lizaldo Vieira Já sei de tudo Não me venha Com conversa fiada E afiada Barriga vazia Não se poe de pé Cansei de ser ze mane De levar porrada Desses caras Cordeiros De duas caras Que fazem de tudo um negocio E vai vendendo Sonegando Compando a tudo E a todos Cspindo cegamente No prato que se lanbusou Enquanto O Zé povinho Só lamenta Dança no congado errado Doido pra ver a giripoca fungar E cachimbo de caipora Fumar Sem quabrar To feito urubu novo Olhando pra esse povo Politiqueiro Politicamente correto Com nojo De tudo E de todos Tudo fede A ovo goro A catinga de pai de chiqueiro Quando o assunto É a politicalia Não presta Uns Nem outros É tudo farinha Do mesmo saco Não vale um vintém furado Mesmo Vei e vem E a vida do povinho Em desgraça Eles comem Todo o mel Enquanto pra ze ninguem Só sobra a borracha O jeito É levar a vida devagar Feito pintinho abandonado Um milhozinho aqui Um xerémzinho ali Outra beliscada acolá Pra não faltar com o bom humor Não perco tempo Imaginando dar volta ao mundo Fico igual a ton ze Lá vou eu Nos 14 bis Levando a vida devagar Simplesmente subindo pra lua Cantando com Martinho da vila È devagar É devagar Sem importar com aqueles Que só pensam o mundo Movido a automóvel Sem se tocar Com o efeito estufa Nem com as mudanças climáticas Preciso ser menor na vida Feito criança Para merecer De o altíssimo entrar em minha casa Olhando sempre lá atrás Para que a vitória não seja motivo do desencontro Do desencanto emocional Afinal O perder Nem sempre será a derrota Quando a gloria significará O chorar por não mais ser vencedor Com isso Levo a vida devagar Na base da maré Preamar Mar de ressaca Porque não vivo a procura de navegar Sem destino Pra não sentir o resultado Amargo Do não sonhar Mesmo que não consiga Mais aquele sorriso Do clima afável de vitória E se a vida não tem mais jeito A gente perdendo ou ganhando Nunca deixara de serem pontes Pra novos aprendizes Pra outros caminharem Pois Apesar deles Os caras de paus A vida soberana Pede passagem Ainda que meus versos Já nem sabam rimar
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