
Eu vi tudo sumir - Lizaldo Vieira
Data 23/09/2011 03:18:52 | Tópico: Poemas
| Eu vi tudo sumir – Lizaldo Vieira Ali Onde é nascente Onde é poente Contabilizamos ausencias Sobruo devastação Faltou providências Naquela velha estrada Ta faltando uma pitombeira Uma cajaseira Um murici Na relação das pioneiras No ribeirão que banha a vila A vida da vizinhança E mata a sede da população Onde andam seus silos Misteriosamente sumiram Aquela capoeira Reserva obrigatória dos vinte por cento Que de longe se via Pujante Verdejante Fazendo sombra acolá Incrível Nem vemos mais Naquele brejo Onde pastamos Cabras e bodes Tinha Junco Tiririca Baronesa E tabua Cadê O que fizeram Não temos mais No chapado Capim de cheiro Bom pra coxão O fogo lambeu Foi tudo pro espaço Feito fumaça E velha mata De onde minava olhos d’água Nem cinzas Sobraram Virou terra de ninguém Léguas tiranas Latifúndios condenáveis Até o riacho De onde singravas piabas e pitus Cafedeu-se Foi pro beléo Ta faltando Eu Tu Ele Nós Vos Repararmos-nos Nesse jogo e faz de contas Que nada sabemos O pior é que Nem usando o localizador No face book Messenger Email Orkut Nunca ACHAREMOS Pior pro guinesboow Que não vai publicar O próximo recorde de barriguda Do riacho favelo Nas primeiras águas de março Nas terras serigi
|
|