
Coisa da modernidade - Lizaldo Vieira
Data 13/09/2011 07:14:32 | Tópico: Poemas
| Coisa da modernidade – Lizaldo Vieira Nunca mais o cheirunho de mata A gota dagua na bica De encher o pote Não há promo Não tem rumo Nem jeito Abram alas A urbe cresceu Inchou Se enroscando com ímpios Muito lixo Muito toco Muito pet Muito esgoto Muita cara de pau Só falta óleo de peroba É de dar águas nos olhos Quando olhamos pra você A alma quando não pequena Lamenta e chara Essa história é inglória Deixamos tudo no vinagre Com bagaço fazemos A diferença do desequilíbrio Nos rios Nos mares Nas praias Enseadas E córregos De vento em polpa Nossos lugares Flutuam no mar morto Literalmente no osso Nosso amor endoideceu De vez Entrou pelo cano Da construção Vil Aqui jaz uma city Bonita Cheirosa Que vai dançando Se esfregando Num rebolation Nada poético De torcer o nariz Nada disso tu queres Treze de julho Jardins Quatro bocas Chica chaves Maré do apicun Diz pra mim Quem eram vocês E verás Que o tramandai Não ta mais aqui Não era assim Fedorento Morto Na lama No esgoto Não mais viverás Pra contar a história De uca Garças E aratu Com tanto Mandrake Construindo império Ignorando a tudo E tolos Construindo e dilapidando a biota Com poluição Na longa estrada da vida Sou mais nadar nas águas Do Zé Peixe Nunca poluídas Por esses mares viajantes Nunca dantes navegados
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