
[Acidente na Tarde]
Data 11/09/2011 03:36:43 | Tópico: Poemas
| Em fuga dos arrastes de mais um dia, senta-se o poeta na sua cama. Calmamente, ele toca a colcha fria, e a sua mão tateia os entrelaces das linhas...
Busca o refrigério de uma pousada, viageia a suavidade de vernais planuras... Porém, a ânsia de repouso é frustrada — o cadarço do sapato do poeta deu um nó cego!
Foi meramente acidental; mas ainda assim, desconsolado, o poeta olha o sapato.... é o pé direito; o que fazer?! E logo o direito...
É uma fatalidade, uma enorme fatalidade! E não há nada que dê jeito, pois ele, o poeta, não tem a habilidade de destricotar linhas embaraçadas!
Enquanto isso, a tarde cai, os pássaros se recolhem, a vida se esvai, o desespero estua, e a pinga amarela espera...
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