
Meus Medos - Lizaldo Vieira
Data 06/09/2011 01:27:29 | Tópico: Poemas
| Meus medos - Lizaldo Vieira Muitas vezes Na fuga do degredo No intenso frio Do meu interior Nem sei se canto Se choro Se clamo Ou imploro Nos instantes de longo inverso Quando estou fera ferida Esquecida No intenso frio do mundo Da solidão Do alegre torrão Dos dias meus Longe do solo pátrio Longe de casa De minha gaia Aqui Ali Acolá Muitas léguas distantes Sou pássaro sem ninho Bezerro desmamado Filho sem pai Sem mãe Peixe fora d’água Muito afogado no meu mundo de abismos Sou morcego sem grota Tatu sem toca Borboleta sem primavera Preso sem exílio Um cidadão sem pátria Cachorro vira lata Ao sabor do relento Da propria sorte Rio sem rumo De por onde chegar Alem mar Vida nos limites Sobrando os medos De nunca ir longe também pudera Nunca tive régua Nem compasso Pra soltar do casulo Essa minha alegria tímida De paixão Sem orgasmo Em tudo vejo marcas Da desconfiança Quando a arte precisa de imitar a vida Pra ser realidade Um resumo frio de natureza morta Feito pele de animal Alimentando o luxo da imaginação Na proxima vitrine Enquanto amor Quis ser eterno Fica impossível De sobreviver Para se eternizar repleto de grandeza E compreensão Se assim Então oremos os salmos Vale a pena cantares a Deus Seguindo os pulsos do coração Porém Com observação das correntes Contraditórias do falso amor Magoado pela companhia cármica Para vencer medos E ocasiões perigosas No desfazer de marcas do tempo Bendirei ao Senhor em todo o tempo Cantarei sempre em seu louvor É que o amor é essencialmente perecível Mais teima em nascer em desafios E ameaças Ai eu não evito meus abismos Eu não acredito Que as fechaduras e portas Do novo caminho Serão abertas Pra nos socorrer Do abismo iminente Da mentira Em contradiçao com a retidão Gosto do impossível Mais tenho medo do improvável Dos meus sonhos e abismos Tenho medo das alturas Dos bichos lobisomem Vezes por outras Tenho vontade de desafiar Até mesmo a gravidade Pois parece que eles simplesmente Não dão a idéia Da dimensão do desanimo Dos medos Consigo mesmo Em um mundo em desgoverno Na contra mão De emoção Amor Rasão
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