
Ou lá em casa – Lizaldo Vieira
Data 29/08/2011 03:48:02 | Tópico: Poemas
| Ou lá em casa – Lizaldo Vieira Assim dizia minha avó A enxada Ta sempre inchada Nunca amadurece Antes bem acompanhado De que só Cortador de cana alheia Nunca amealha Pra comida de sereia Em panela que muitos mexem Fica insossa Ou salgada Em casa de ferreiro O espeto é de pau Onde como um Todos comem até lambe os beiços Em família de sete homens Um vira lobisomem O costume do cachimbo Deixa a boca torna Não vem de lagartixa Porque estou de azulejo Saco de rico Anda sempre furado Nunca enche Em festa de rato Não sobra queijo Quando se vende fiado O freguês desaparece E o dono fica quebrado Macaco velho Não mete a mão em cumbuca Triste de quem duvidar da cigana Vai ficar a vida inteira Sem saber ler Todo menino é um rei Desde quando Cristo nasceu Essa lista é infinda Se prepare Porque vem mais Minha avó Inda ta de prova E de prosa
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