Contigo, por minha companhia, abraço o mundo, ambas as mãos; só não saberia de minha solidão, se a tua luz não reflectisse a minha.
De verdade se faz o nosso amor, num respeito mútuo e honroso, que nos leva a tecer carinhos tantos, quando juntos nos encontramos.
E mesmo nos nossos vagos silêncios, em que um olhar assume primazia, dois são os corações, a bater em concordância: do certo juízo, a pureza.
Caminhando, no mais alto de nós, rompemos todas as barreiras nefastas, e livres somos, para nos amarmos, quando a noite, ao longe, se presume.
E deitando tua cabeça no meu ombro, sobre a luz atenta da resignada lua, desfolhamos confidências e carícias, mãos dadas, de um bem-querer maior.
Jorge Humberto 18/08/11
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