
Olhai a lavra no campo - Lizaldo Vieira
Data 16/08/2011 23:49:41 | Tópico: Poemas
| Olhai a lavra do campo - Lizaldo Vieira Plantando Nem tudo dá Nem tudo colhe Nem tudo escolho Mais esperança não falta Se não planta Não come O sertanejo arigo É sim Tempo bom é bom Tempo ruim é ruim Qual o olhar para a gente Que sofre E planta no deserto Que futuro colhera Entre malvadas atudes E evas daninhas A minarem o palntado Criar Plantar Agricultar Nas terras aridas Olhar a colheita De perto DE joão Maria e josé Encher o saco de milho e feijão Tá duro É de dá água nos olhos Tempo ruim á vista Sol a pino Tudo sobre pra agricultura de sequeiro Nem água TAM pouco dinheiro disponíveis Deve ser colheta de desilusão Quando plantanão vem chuva Bem que saca devia ter trégua Pros grãos se apresentar com fartura Mais chuva num vem Escreveu nas pedras de sal Só tempo ruim pra esperar Muito tempo á beira do aceiro Nem espantalho se vê com bandeira Espalhado em toda roça O que se planta vira fantasia Poesias dos jornais A vida é uma roça Quinado não se colhe no tempo certo O plantado Roceiro experiente diz tudo certo A vida é assim mesmo Deus é quem sabe Dá o frio conforme o cobertor No tempo bom Vida boa terá E todo quinhão em dobro receberá. Até arara periquito mudou de lugar Tribo Indígena Pena também Feliz é povo xocó Tem rio abençoado Que ninguém tem Não é filosofia fácil de aprender A prosódia é reinventar o modo de viver Num ritmo rápido Tudo que é possível garantir que não mora Com as águas franciscanas Aguardamos as primeiras Mesmo com os paus e pedras Das torrentes de março Dezenove e dia de são José Planta-se a roça E se a estação vingar O milho verde No são João vamos ter Quem Planta Colhe Já dizia o pensador Ta escrita na sabedoria dos antepassados E olhem a felicidade até nos dentes De quem não larga o batente Quem não pode com o pote não pega na ródia Nem sempre quem procura acha Mas o que planta no tempo certo Colhe o manjericão e coloca no tomate E vai comer maxixe e abóbora No feijão Vai comer o que plantou Vendo com mudo A tudo que o arquiteto do universo semeou Muita comida dentro de casa Gente muida cresce Quando eu era menino na roça era assim Todos trabalhavam Desde os sete anos de idade E ninguém virava capitão de areia Não se roubava Nem matava Tinha mandioca e milho na roça Peixe pra pescar Não faltava anzol
|
|