
E assim se foi - Lizaldo Vieira
Data 02/08/2011 18:28:36 | Tópico: Poemas
| E assim se foi – Lizaldo Vieira Meu tempo bom De bichos loucos Soltos Do banho nu Riacho Pés descalsos Comida de panela de barro Colher e comer Fruta madura no pé Aos cachos Casa simplesinha De pau a pique Minha doce vida mansa De roça Brejeirice Tolice Já nem existem Tudo era mansa paz naquelas brenhas Naquelas bandas De ze ninguem Vidinha boa De gente átoa Gente do bem Mão na roda Lá dos sertões Vidinha Vidão Da massa Da mandica Do milho Do fejão Sem pressa de chegar Com pouco se faz gente contente Com quase nada se vestia Água fresquinha da bica No pote Um fogão de barro Fumaça no ar Anuncio do amanhecer Os dias eram infindos As noites mansas Bem sonolentas Preguiçosa Um convite ao bom sono No mato bicho aos montes Por trás do monte Imagens novas Prenuncio de vida vadia Um sol se levanta Radiante E escondia-se mansamente Todos os dias Aí que sonho Que poesia Cochilo de inveja Só em pensar em santa Vidinha mansa
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