
Meu caminho é de pedra - Lizaldo Vieira
Data 19/07/2011 02:20:17 | Tópico: Poemas
| Meu caminho é de pedra – Lizaldo Vieira Longe de casa Viagem cansada Por léguas tiranas Longe posso chegar Se for verdade que devagar se vai ao longe Aos trancos nos barrancos Já sem pressa de chegar A gente vai viajando A gente vai queimando A banha Meu ara Tales Ferraz Becos dos cocos Da lama Ladeira de são Cristóvão Laranjeiras É de pedra Assim também É Pedro O dono das chaves do céu Arrancando pedra sobre pedra Chegaremos lá Na rua do riacho E vamos comer uma buchada de bode Depois de subir a ladeira do cuminho Assim está escrito nas estrelas Solitárias Vermelhas O mito faz história Traz o homem de volta É a única solução Toninho de nana Ta de prova Na família de sete homens Um vai virar lobisomem Esse bicho Reina Deixa todos de orelhas em pé Nas vilas borogodoenses Como todo medro Fica sempre valente Governaremos cabanas e vinhas E todo povo é feliz As ruas de ara São testemunhas Zé do rancho bem que diz Aqui se dança entrudo Intruso nenhum há de entrar Se chegar Pau há de levar Pau pereira Pau pereira Olha a seca do sertão Toda folha murcha e cai Mais o pau pereira não O guigó lá do junco é bicho do mato Pega com as unhas Sapo de galocha Engolindo tanajura No meio da roça Mais anda ancho Pulando corda de cipó caboclo Neguinha anda de touca Pra não molhar cabelos depois da chapinha E não é louca Adivinha É cabocla arretada Grossa Feito unha de roceiro Mais popeira que jegue cuiúdo Não manda recado Sem medo e segredos Diz tudo na bucha Quem quiser que estrebuche Enquanto eu Calado tava Calado fica Saindo de mansinho Rezando Cruz credo Ave Maria Home Vamos embora de marinete Ate Aracaju Tomar pinga com caju
|
|