
«« Ave liberta »»
Data 19/06/2011 16:14:09 | Tópico: Poemas
| Não tenho nada que valha a pena Porque me indagam estes receios vadios Vem à tardinha ás vezes de manhãzinha Tão ocos e tão certeiros mesmo vazios
Quero tanta vez despir-me, banhar-me nos rios Soltar amarras e partir sem norte ou sina Seguir o vento enlear-me numa estrela, são fios De cabelos brancos, vagabundos em travessia
Que venham os ventos, a morte que venha Que traga a neve e com ela o gélido Despertar para a sobrevivência inglória
Que tranquem as torres, se apartam vilões Que o olhar cegue sem tempo nem hora tardia Quero lá saber sou ave liberta alheia a grilhões
Antónia Ruivo http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
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