
Memórias de uma infância atraiçoada
Data 01/10/2007 18:28:55 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Guardo na memória cada toque daquele ser Que se dizia meu amigo, que me queria proteger O meu pai nunca se opôs, a nada do que ele me pudesse fazer Enquanto a minha mãe, chorava a pensar no que estava a acontecer
Por toda a minha infância servi de objecto de prazer, de excitação Para um canalha, que delirava a cada peça de roupa minha que caía no chão Como é que homens destes continuam fora da prisão? Enquanto que crianças indefesas se sentem na podridão…
Roubam-lhes a tranquilidade do que é ser criança Nos adultos perdem toda a confiança Passam a viver num mundo desconhecido Vivem à mercê das vontades de um pervertido
Desejei cada dia da minha vida ver aquele ser morrer Pegar nas suas entranhas, para as poder desfazer Queria vê-lo, a todo custo sofrer Por tudo o que durante a minha infância me fez perder
Esfaqueava cada parte do seu corpo, cada entranha Aquele que me provoca barganha Animal, porco, nojento Que de meu corpo estavas sempre sedento
Aqui jaz a sociedade que idealizo…
(Temos que lutar para que estas pessoas deixem de sofrer)
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