
Aquilo Não Era Amor
Data 05/06/2011 01:22:37 | Tópico: Poemas
| Faltou. Era mister muito mais. Agora nem um som de Ronivon Ou dos Meninos de Minas Gerais.
Era doentio, duro como um vidro, Fosco como sol roxo que já morre Fingido e metálico como um grito De amor bandido. Amor Richthofen.
Era muito pouco. Não cabia na mão. Era ínfimo, uma noite efêmera e fugaz Era mais um regato do que um ribeirão Um amor muito pobre, sacana e falaz.
Era turvo como um rio de risos inúteis Hilário como um filme antigo de Carlitos De mistas sensações falsas, frias e fúteis Era um veleiro de ilusões... De infinitos.
Era uma árvore caída, podre e fermentada, Possuída por pequenas porosidades vegetais. Um fogo frágil, mais uma caverna fechada. Era um cavalo coxo, um nicho de canibais.
Aquilo não era amor. Era uma Quimera. Aquilo era apenas uma tarde de chuva, Um mar espumoso de ondas escuras. Aquilo não era amor. Não era! Não era!...
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