
quo vadis
Data 20/05/2011 18:19:59 | Tópico: Poemas
| Fui depressa à miragem da memória Que o tempo já está para descobrir Ver os outros contar a mesma história Faz ao corpo ajustar o seu sentir
Tenho modos que vêm dos meus pais Minha terra não tem traços de batalha Sei da guerra por ver nos telejornais Brandos gestos a queimar com a mortalha
De que serve uma explosão num canteiro De que serve lutar pela justiça De que serve um tiro certeiro De que serve uma moça mestiça De que serve uma conta num banco De que serve o andor do prestígio De que serve uma prótese num manco De que serve o versátil silício
Tanta dor se maneja na tripulação Tanta dor se observa enfim Tanta dor que à dor faz comoção Tanta dor que eu guardo pra mim Tanta dor se desloca no olhar Tanta dor que no toque se refaz Tanta dor lança as redes no mar Tanta dor que a vida nos traz...
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