
Minha janela
Data 20/05/2011 17:03:16 | Tópico: Poemas
| Abro a janela, a do meu quarto... Ninguém a espera Não diviso, do dia que finda, a quimera, Nem da lua o parto.
Encontro-me aqui, atônito... Aparvalhado com a rudeza da hora Dos pardais o gargalhar irônico Do reluzir do céu a demora...
Porque abro-te então, crepúsculo, a janela? Já, os sonhos, te arranquei na aurora... Em teu anúncio frígida cela... Porque atrais meu olhar agora?
Não me dizes, nem o sei... Se a esperar não há ninguém, pois, Quiçá seja a espera dos amores que não amei, O reencontro do que ficou pra depois...
Muitos os charques que ao sol deixei! Tantos foram os grãos que colhi... Revisando, porém, o que plantei, A mirar-me em seu vão, Alentada janela... ...não é em vão estar aqui!
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