
Entorpecido
Data 09/05/2011 14:29:27 | Tópico: Poemas
| Quebrando a luz e a escuridão me engole... Tão doce, Para não sentir a dor, simplesmente me entreguei, E pensar em você?... Me limitei. Sorvi lentamente o veneno dos pensamentos vazios, A dor ainda estava ali, marcada permanentemente, E sempre vai estar, nada vai curá-la e eu sei. Deixei você se perder nas lembranças, A dormência percorrendo meu corpo... A dor desapareceu num som fraco em segundo plano, Livrei-me por um momento das feridas abertas. É tão gostoso este estado, O que mais posso sentir? Protegido da dor sentimental que esquarteja o coração. Mesmo que seja momentâneo e eu sei que é, Mas eu não posso me privar de sofrer? (Por algumas horas não compreendidas) Anestesiei meu coração contra a fatalidade do amor E engessei meus pensamentos contra você, Engasguei cada palavra da tua voz que nunca me amou, Que, comigo... Somente brincou. Por enquanto, nada pode me ferir... Por enquanto. O que me resta, ainda aproveitarei esta anestesia de sentimentos Que vai passando com o tempo. Esperando que algo aconteça, que eu descubra um remédio que cicatrize, Mas enquanto isso, continuarei aqui, entorpecido... Deixando que o buraco no meu peito seja amortecido pela inconstância da minha mente, Que ele seja anestesiado Pelo controlamento das batidas do meu coração. Ficarei aqui, aceitando o entorpecimento do silêncio e da solidão.
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