
Adeus Campeão (A Ayrton Senna)
Data 01/05/2011 09:43:40 | Tópico: Poemas
| Dedicado a Ayrton Senna(1960-1994)
Tu sempre viveste no limite. Soubeste ser sempre inspiração; No volante foste dinamite E na vida foste um campeão.
Mas às vezes é injusta a vida E oferece os mais valorosos À morte, essa dama frígida, Mesmo aqueles poucos anosos.
Os que, tal como tu, fazem tudo P’ra alcançar a imortalidade E deixam num suspiro mudo, Dado p’los amigos. A saudade,
A tristeza, as lágrimas, prantos De dor e teus admiradores Chorando espalhados p’los cantos Homenagearam-te com mil flores,
De todas as cores e feitios; Dizem-te adeus da berma da ‘strada. Param carros, aviões, navios. Tudoparam na berma da ‘strada.
Morreu o herói daquele país, A trezentos horários bateu, Num, de concreto, muro embateu, Para alegrar as emoções vis
Dos amantes do veloz desporto Que pedem que sejam mais rápidos Os carros, e sejam esquecidos Os pilotos. Por isso ‘stá morto
O rei dos reis. O único herói Que, saindo dum país de pobres, Viveu num reinado dos mais nobres, Mas hoje é a saudade que mais dói.
E para homenageá-lo parou Todo um país, parou todo o mundo. Co’um mudo grito vindo do fundo Num lugar especial o enterrou.
No seio daquela verde terra, Bem no centro do cemitério Um país o herói enterra. Então num choro doentio
Todos, um a um, naquela campa Depositam uma bonita flor, Escolhida co’o mais puro amor Numa florista, rua ou rampa…
Adeus campeão. Adeus oh! Senna. Conseguiste a imortalidade, Uma nova vida, mais serena. Muito mais calma, na astral cidade.
Não serás apagado p’lo tempo; Não sofrerás d’ esquecimento; Serás como um anjo de glória Que existirá a todo o momento. Serás um novo ‘spirito guia
Para todos nós, Ayrton Senna. Tua alma que jamais foi pequena Jamais será apagada p’lo tempo.
17.01.1995
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