
Vida acústica
Data 29/04/2011 11:03:14 | Tópico: Poemas
| As mudanças são constantes e eu já não consigo correr, Ver-me impotente enquanto ela foge. Entreguei-me a ela, segurou-me, estendeu-me todos os membros Sem, não quis ver, parar de fugir… Agora vejo-a.
Toda ela é acompanhada por um musical de graves e agudos. Um movimento giratório que me deixa tonto sem ter tempo para isso, Parece a doença que chegou… Os vómitos e a vontade! Quando já não me vi, ela era a sombra – corri mais que ela?
Nada pode ser bom outra vez. Esgotou-se, como se todo o sangue que passa pelo coração Fosse veneno para o corpo…Ele, que sou eu, e ela morreram. Somos, são, tão indissociáveis que se um vai, o outro…
Um novo ciclo parece chegar: bom e mau. Deixo as que conheci. A memória é grande mas ela não é mesma… não quero ficar sem elas! Vejo novas a chegar: serão tão brilhantes? Estrelas de outro céu? Ó minhas estrelas não fujam de mim, apenas deixem de me ver e sou memória.
A sala espalha o som do mundo… Que gracioso, que incapaz! Tapo o que ouve sem ver que o som é agora algo. Toquei-lhe! Sinto-me arrepiado por tudo, emoções tão grandes! Agora! Apanhei-te e vamos!
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