
De repente
Data 24/09/2007 22:21:43 | Tópico: Prosas Poéticas
| De repente, num instante, a cor é outra Acordam os rasgos e as tiras da roda colorida da vida Saltam à nossa frente os sustentos da leveza eminente Mas, de repente, num instante... Sofre a gente! Amaldiçoam-se os defeitos, fazem-se reparos aos outros Sobram poucos!... Quase nenhuns, quase ninguém! Porém, de repente, num instante, emano os poderes do além, essa energia crescente e flamejante - o meu sol circundante Acalmo. As ondas sussurram na areia d´ouro finas melancolias Embaladas na foz do rio Ao largo passam as frotas de navios em desespero Alma minha gentil, voltaste de repente! Num instante sou corpo, sou gente, sou alguém! Montanhas nevadas, trenós galopantes, cavalos com asas, memórias distantes, num instante Recuso e acuso. Se invoco, me impeço de haver um começo De ter um curso - regato rendido às portas da vida Mas, de repente alguém bate - Sou gente!
Alexandre Reis (X)
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