
O Perdão de Cristo
Data 22/04/2011 15:07:03 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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Diz-me, Tu, ó bom Senhor Jesus Tu, que estavas pregado, naquela cruz Perante um mundo de devassidão Como, naquele exacto momento De dilacerante dor e sofrimento, Perdoaste toda aquela multidão O Teu abandono era profundo… Sentias-Te abandonado, pelo Pai Foras ultrajado, pelo mundo Brutalmente, pela humanidade… Que, plena em ingratidão, Negava-se à hombridade E, sem qualquer compaixão, Condenou-te à crucificação. Aqueles, a quem amavas de verdade!
Diz-me, Tu, ó senhor bom Jesus Como, esse Teu coração, dorido Nesse desfecho, do tempo vivido Aquando da Tua passagem, pela terra Antro de libertinagem e de egoísmo Um mundo pleno em hipocrisia Onde, em nome da paz, se faz a guerra Onde, ultrajam-se crianças, a cada dia Onde reina a incúria e a traição Ah, quão tremenda aberração! Diz-me, se em atitude de impar altruísmo Como conseguiu esse Teu coração Conceder esse perdão, profundo À incompreensão de todo um mundo Na sua mais absoluta dimensão
Que temias, Tu, ó bom Jesus Filho de Maria, em pureza Quando, sob o peso daquela cruz Por entre as vaias da multidão Já arrastando-te, pelo chão Numa atitude de evidente fraqueza Um atributo da humana natureza Foi o que Tu, então, mostraste… Quando, aos céus, os Teus olhos, levantaste E ao Deus Pai Tu perguntaste “Senhor, porque me abandonaste…?“?
Tu, a Deus Teu Pai, inquiriste… Porque temente Te sentiste…
Diz-me, Tu, ó Senhor Jesus Se enquanto arrastavas, aquela cruz Por entre as vaias da multidão Cujo peso era o peso do pecado De um mundo ignóbil - depravado Tal, que arriava-Te, até ao chão Como foste Tu capaz, de perdoar A quem, ao Teu amor, a vaiar Te apedrejara, sem piedade E acabara, de te condenar À humilhante crucificação Retribuindo, com uma cruel ingratidão Numa absoluta iniquidade A tua compaixão, pela humanidade Esse Teu amor, puro, pleno em dedicação.
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