
Privada da Verdade
Data 18/04/2011 12:38:14 | Tópico: Poemas
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Enraizei-me no azulejo do Meu banheiro, foi isso mesmo. Que aconteceu. O meu pé entrou no buraco Da minha pobreza A água molhou a cabeça E, o sangue misturou-se dentro Do ralo, existiam água, homem E tristeza Um espelho que pensei que fosse Azulejo mostrou a face horrorizada pela fragilidade de Um gay Tive coragem no momento de Gritar, pelo corte que mostrava Sua verdadeira personalidade. Meu vaso sanitário comparo Com o céu da minha boca Tão sujo, porém doce Pois é nele que eu gero os Meus filhos e idealizo minhas Mulheres e, na louça branca Do meu cérebro cuspo a vida De milhões de seres e, depois A água lava a minha hipocrisia, O meu banheiro é reinado dos vermes Acho até que o Papa fixou Resistência nele por algum Tempo junto com os seus Primos E. masturbam-se até para Lúcifer
A Plebe Poética: Miguel Vieira, Ed.. Ribeiro e Antonio Rodrigues.
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