
Objectos da Sociedade
Data 13/04/2011 21:56:24 | Tópico: Textos
| Sémen vivo que deposito nos teus olhos , sorriem os fetos saudáveis mas cegos na correnteza dos meus pensamentos de pecado e duvida...adorável e visionaria ilusão, lança-me impunemente nas chamas do teu jazigo aprisionado desflorescido...promessas que nunca se cumprem na tua boca em flor , grita e condensa as tuas memorias no meu corpo mal criado...quero ser julgado nas correntes do passado.
A minha forma calma mata a minha alma atormentada nos corredores frios da saúde...tranco as portas da vergonha mas todos os lugares possuem espelhos para me ver... Desejos perdidos... Solidões e loucuras... Nem luz nem amargura...nada evade a minha mente , apenas a suave triste saudade.
Abrem-se os céus , aparecem os primeiros raios de sol... Eu tonto e louco enjoou o dia , nada sinto ao analisar a minha vida... Ando a morrer...
Funde-se a minha dor Alma doente que não conhece o amor Eternamente pálido olho os mesmos dias sem cor O tédio evade o tempo perguntando o seu valor...
Este chão que piso transforma-se na areia fina sei sabor O cheiro comanda a vida , o sonho desfaz o pesadelo em redor As telas escorrem tintas de sangue em planícies verdes Assim fujo cercado pelo imenso mar naufragado no meu olhar...
Objectos da Sociedade dominadores da Terra...perguntam-me o que faço aqui ?
Apenas lhes respondo que observo e invejo as suas vidas frenéticas e o seu pensar de pedra...
Troco-lhes os tempos...lanço a calamidade natural e trágica !
E quando a morte chegar...apenas dirá-lhe eis que nada foram.
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