
O grande escultor
Data 05/04/2011 18:11:56 | Tópico: Poemas
| A face passa pela calçada Abatida descaída Sem saber, um porque Ou essa razão
Me entristeço por não ver A mão na mão Nos pés que caminham calçados Nas incertezas Dum solo acidentado
As fumaças são de apelos Em cada cancro que amanhece O choro e silencioso Queira eu lá vê-los
O idoso que espera a morte O casal que enfrenta a pouca sorte A criança que é derrotada na infância Não a quem reconforte
Entre apelos de salutar De tão vazios Eu escuto o grito do mundo Que envelhece Sem esperança de lutar
E talvez eu minta Na verdade Que é o amor Onde esta para que o sinta Na face da dor
Que horizonte é este Sem testemunho para passar Que deserto é este Sem um abraço para dar
Na lágrima que rola Em olhares desolados Eu levanto a cabeça Para avistar cabeças baixas Traídas pela incerteza
Sem futuro Ou rumo de um leme Navegamos por mares incertos Entre ventos fortes De homens sem coração De um poder Sem razão Em que tudo apelam para uma nação Que transformam em morte global De um mundo assassino Que nenhuns olhos viram como igual E talvez sejamos pedras Esculpidos por homens sem coração Se achando um grande escultor Brincando com a vida ao falso amor
|
|