
OUTRA EMOÇÃO
Data 18/03/2011 08:30:57 | Tópico: Sonetos
| Se eu sei do necessário acreditar E tento novamente outra emoção As sortes mais diversas me trarão Apenas onde eu possa ora aportar,
Vagando sem destino e sem lugar Aonde se pudesse desde o vão Alçar com mais sublime dimensão O tanto quanto quero a procurar,
Prioritariamente a vida traz Ainda em tom atroz mesmo fugaz O vento que deveras me tocasse
No prazo aonde o fim se determina A luta se define e mais ladina Expressa além do medo em ledo impasse.
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Caminho imaginário, aonde eu pude Viver sem temer nada o que viria E sei da sorte atroz em agonia E nisto o quanto resta é sempre rude,
Matando o que me reste em juventude A senda mais feroz, decerto havia Depois do quanto possa dia a dia O manto que recobre desilude,
No tanto sem sentido aonde sigo O verso se moldando em tal abrigo Não ligo e se prossigo o faço em paz,
Mas sei do quanto tente em discordância E sinto no final a discrepância Aonde me tentasse mais audaz.
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Embora tão perverso o verso seja E nada do que tento ora resuma A luta se aproxima e sem nenhuma Vontade a solidão tanto poreja,
Ainda quando a quero e se deseja Apenas a verdade ora se esfuma E vejo o meu caminho aonde apruma A luta mais atroz e malfazeja,
Reparo cada passo e sei do fim Marcando em discordância o quanto em mim Pousasse como fosse uma esperança,
Na sombra de um alento sem cuidado, Somente o que carrego do meu lado Semente quando o vento além já lança.
Pousando quando verso no infinito Tentando acreditar no que não veio O passo se mostrando em tal receio O verso não seria sempre aflito
E quando novo rumo eu necessito Ainda quando muito sigo alheio E tanto me aproximo deste veio Pressinto o que se faça do granito
Desta alma fria em dor e em abandono, Do nada que deveras eu me adono O prazo delimita cada sonho,
Restauro os meus supernos sentimentos E sei dos dias velhos, versos, ventos, E nisto o que se faz é mais medonho.
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Refém de alguma luz em noite imensa Se da sarjeta tento ver a lua Minha alma sem destino não flutua E apenas no vazio a recompensa,
Sem nada que deveras me convença A senda mais atroz sempre cultua A imagem da princesa bela e nua O medo nesta foz audaz e intensa.
Restando muito pouco ou quase nada Da sorte tantas vezes desprezada Alçando o que pudera ser diverso,
Não tento acreditar noutro caminho E sigo com certeza onde mesquinho Somente sem semente desconverso.
Esboço do que possa envelhecer Marcando com temor o dia a dia, E nada com certeza me traria Ainda algum resquício de prazer,
O verso noutro tom a merecer A sorte que deveras não teria Quem tenta acreditar na fantasia E possa noutro instante enfim morrer,
Não quero e não permito novo passo Aonde o meu vazio agora traço Escasso caminheiro do futuro,
Ainda sem saber o que se tente O mundo num cenário permanente Já não traria mais algum auguro.
Terrível desprazer a vida traz A quem se desejara muito além Do quanto na verdade se contém Mal diz deste momento contumaz,
O canto se anuncia aquém da paz E o verso aonde o nada sempre vem Deixando para trás o mesmo bem Que um dia sem sentido satisfaz,
Resulto dos insultos da verdade E bebo deste tom em claridade Tentando aproximar do que não veio,
Ainda que se veja qualquer brilho Uma esperança tola ora polvilho E sigo o meu caminho em vão anseio.
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Ousando noutro engano tão somente Resgato cada infausto aonde o mundo Pudesse acreditar e se aprofundo Não deixo que se veja o quanto mente
Uma alma sem sentido e delinqüente Nadando contra a fúria e se me inundo Do tanto quanto possa vagabundo Tentando acreditar noutra semente,
O verso se presume de tal forma Que nada do cenário se transforma E volta sem proveito ao que já fosse
Um mundo aonde o tempo em agridoce Anseio não permita nova senda, E apenas o não ser agora estenda.
O quanto se mostrara do passado Depois de tantos anos, solidão, As ânsias desenhando a imensidão Que trago e vejo em tom desesperado,
O verso que carrego e sei ao lado Dos dias entre tantos que verão O renascer da frágil estação E nela o tanto possa abandonado,
Risíveis fantasias de quem tanto Pousasse sem saber do desencanto Aonde o que se fez não mais traria,
Sequer novo momento em esperança E quando o dia a dia ora me cansa A sorte noutro tom mergulharia.
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Na farsa onde se ampara esta verdade Marcando com terror o que se quer Olhando mansamente sem sequer Saber o quanto resta ou já degrade,
Deixando no passado a claridade O tanto que se sonha e se vier Tramando o quanto quis e se puder Ainda noutro encanto nos invade,
Restando muito pouco do que tento Apenas bebo a sorte em contra-vento Anunciando a queda noutro instante,
Depois do que se fez com plenitude O verso sem senti-lo desilude E a morte se anuncia doravante.
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Enquanto eu já me dano sem saber Sequer do que virá ou mesmo após A sorte mais diversa enquanto atroz Não deixa que se veja algum prazer
Ainda sem sentir o esmorecer Do mundo noutro tom cruel, feroz O rito se anuncia e nega a voz De quem pudesse o sonho merecer.
Ansiosamente busco após o tanto Viver o que se quer e mal garanto Desvendo os meus enganos e prossigo,
Sabendo que ao final já nada existe Senão meu caminhar em tom mais triste Anunciando apenas o perigo.
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A cada amanhecer bem poderia Tentar acreditar em novo tom O mundo que pudera ser tão bom Agora se transforma em heresia,
O vento que transmite uma agonia A lua se escondendo no neon A vida desarvora e sem tal dom O peso do futuro envergaria,
Marcando com terrível tatuagem A luta se desenha em engrenagem Diversa da que tanto quis e posso,
Ainda se transcende ao que não veio O manto se cobrindo em tal receio Deixando para trás mero destroço.
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O sol se renovando bem pudera Trazer após a imensa tempestade A clara sensação de liberdade, Mas quando se percebe, nova fera;
E o vento se anuncia em tal quimera Deixando para trás a claridade E apenas esta sombra ora me invade Deixando sem sentido a leda espera,
Restando do infinito a mera sombra E o quanto ainda tenho se me assombra Sepulta o que jamais imaginei
No tanto que anuncio em verso e luz Expresso o que em verdade me conduz Ao fim mais solitário desta grei.
O tempo desde quando se quisesse Traçar novo momento após o nada A senda tanta vez iluminada O mundo não produz sequer tal messe,
E o fim da sensação que nos aquece A morte noutra luta desvendada A porta se fechando atraiçoada Jogada pelo canto onde se esquece
O verso sem proveito e sem sentido O prazo noutro ocaso resumido E o cerne da questão não se resolve,
A mescla de ilusão e sentimento Traçando o quanto quero e não alento Enquanto o descaminho nos envolve.
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Pudesse perceber alguma chance Da vida ser diversa da que trago E sei do que deveras sem afago Ainda sem sentido algum se lance,
Depositando o canto em tal nuance O manto sem sentido traça o lago Aonde o mergulhar, quero ou divago Bebendo o que talvez já não alcance
O marco se aproxima em tom cruel E quando imaginara ver meu céu Apenas nebulosa noite em vão,
Ousando acreditar noutro futuro O tempo se anuncia mais escuro E mata em nascedouro cada grão.
Pudesse o bem querer de quem se quis Vencer o desandar do verso atroz E nada mais envolve nossa voz, E teimo contra o prazo, este infeliz,
O tanto se anuncia em tal matiz E o passo se aproxima mais feroz No canto que se ouvisse logo após O manto sem sentido esquece o bis.
E vejo dos meus erros costumeiros Apenas os anseios derradeiros Canteiros sem florada e primavera,
A luta que apavora se desnuda A faca se mostrara mais aguda E a noite se traduz em leda esfera.
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Ainda desarmado busco enfim Quem possa me trazer felicidade, E mesmo quando a vida se degrade A morte se aproxima já de mim,
E tanto quando acende este estopim Numa explosão que tanto nos invade Restando o que se fez ansiedade Matando o quanto resta até o fim,
No caos onde se visse tal discórdia A luta não traduz qualquer concórdia Apresentando a faca, a foice, adaga.
E o prazo determina o fim do sonho E quando na verdade outro proponho Somente este final adentra e afaga.
No passo desdenhado em tom atroz Não vejo retratada esta certeza E quando se expusera sobre a mesa O mundo não permite nada após,
Cessando de tal forma a minha voz, A porta se aproxima sem nobreza E vejo tão somente esta vileza Aonde o meu cenário vire algoz.
Reparo cada engano e sigo sem Saber do que em verdade já provém Do sonho mais audaz e necessário.
Meu barco se perdendo deste porto Ainda que pudera eu sigo morto Buscando algum novel itinerário.
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Meu mundo ao se perder já não me traz Sequer qualquer alento e mesmo assim, Ao presumir o quanto trago em mim O passo se mostrasse mais audaz,
E tanto quanto possa a sorte jaz E volta noutro instante em vão motim, Acendo com firmeza este estopim E o tempo se perdendo deixo atrás,
Não pude e não tivera melhor sorte E sendo de tal forma o que comporte Marcante sensação em solitário
Vestígio de quem fora mais feliz E agora quando a vida contradiz Não sabe mais se existe itinerário.
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Eu não consigo a paz, mas a procuro E sei do que se mostre em solo escuso E quando do vazio agora abuso Encontro o dia a dia mais escuro,
No prazo sem sentido onde perduro Ou mesmo quando enfim nada entrecruzo Somente o meu anseio aonde obtuso O verso se mostrasse acaso duro,
Não pude desvendar qualquer segredo E quando no vazio eu me enveredo Percebo o quanto quis e não veria,
Ainda sem saber qual a razão Do verso aonde vivo a ingratidão, A noite se transforma em agonia.
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Se ainda o que me traz possa expressar Algum alento aonde nada existe O verso se anuncia bem mais triste E toma com certeza este lugar
E tanto poderia navegar Por mares mais diversos, quando insiste O tempo noutro passo e não resiste Deixando para trás cada sonhar,
Vagando sem ter mesmo o velho porto O mundo se anuncia e quase morto Encontro finalmente o que mais quis
No tanto que resume verso e medo Apenas do meu mundo este arremedo Qual fosse incomparável cicatriz.
Desfaço num momento o quanto trago Nesta alma tão banal e reticente O tanto que se quer e a vida sente Não deixaria mais algum afago,
O beijo da pantera o manso lago O verso sem ternura este inclemente Cenário aonde o todo se apresente Matando o caminhar disperso e vago,
No prazo aonde o todo determina O fim do meu anseio e morta a mina Jamais se aflorará nova esperança
Resumos destes vários desenganos Os dias acumulam velhos danos E o passo no vazio ora se lança.
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Se tento desenhar alguma sorte Diversa da que tanto me deixaste A vida se anuncia em tal contraste E nada do que possa me comporte,
Em avidez o mundo sendo forte O verso sem saber onde o notaste E a luta se presume e rompe esta haste Marcando o dia a dia com tal corte,
No manto mais audaz e sem proveito O tanto quanto quero e não aceito Num pleito onde eu mereça novo dia,
A lenta caminhada não presume Sequer o quanto possa em teu perfume E mesmo alguma luz o tempo adia.
Cansado de lutar aonde o fim Jamais se imaginasse quando a vida Transcreve com firmeza a despedida Matando o quanto resta vivo em mim,
Depois do meu anseio em tal motim A senda mais audaz aonde agrida Gerando na esperança esta ferida Amortalhando a sorte de onde vim,
Capazes ou talvez mesmo infelizes Os versos onde tanto contradizes Em crises ou temores sem igual,
O cântico se mostra sem espera E vejo a solidão na velha esfera Marcando pelo encanto ledo e mal.
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Imenso desalento traz o rumo Aonde o meu caminho se percebe E nada mais ousasse em leda sebe Senão a sordidez que ora consumo,
O prazo determina o que resumo Enquanto a solidão tanto concebe E vivo o que decerto em vão recebe A luta sem saber de algum insumo,
Não tendo dentro da alma sequer isso, O tanto quanto quis e não cobiço Em movediço passo se pressente,
E vejo o quanto resta, finalmente O todo se transforma no tão pouco E quando me percebo eu me treslouco.
A cada ausência vejo o que em verdade Há tanto imaginar ser tão minha A luta se demonstra onde daninha A sorte sem futuro nos degrade,
O passo se traduz contra a vontade E bebo do que tanto agora vinha Matando esta esperança e desalinha Rondando com terror a claridade,
Não pude acreditar sequer no sonho E quando no final me decomponho Ousadamente a mente tanto mente,
E gera o que se mostra insensatez E nisto o quanto pude nada fez Somente este cenário mais descrente.
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O quanto se desenha após o vão Expressa o quanto quis e não havia Somente a mesma face da agonia E nela novos dias se verão,
Pulsando nos meus olhos solidão O lento caminhar na alegoria De quem se fez em noite mais sombria Buscando inutilmente algum verão,
Os carros contramão expressam quando A vida noutra face desabando Matando o quanto tenho e sei no fim,
A pútrida expressão do quanto anseio E o mundo se perdendo em ledo veio, A morte ronda e vejo-a junto a mim.
Na face mais oculta da esperança O vértice se traz em queda e vejo Apenas o que possa em vão desejo E o medo sem saber onde se lança
Somente se trazendo e nada avança Mergulho no caminho onde dardejo O prazo determina e se porejo A morte pouco a pouco já me alcança
Numa expressão que tanto determine O verso sem sentido ou examine Cadáveres do sonho em funerais
Diversos entre noites mais gentis, Ainda se emoldura o quanto eu quis Tentando na verdade muito mais.
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O quanto a solidão tanto cultua Expresse com terror a noite em brumas E quando no vazio agora esfumas Procuro inutilmente a imensa lua,
E tanto quanto possa em nua e crua Verdade o se tente e não mais rumas Vencendo a solidão não me acostumas Ao que ora mais anseio em volto à rua.
Não pude e nem talvez mesmo quisesse Sabendo ser inútil cada prece Presença de quem fosse mais sublime,
Meu erro no teu erro retumbante O tanto que se mostre num instante Dos erros mais atrozes não redime.
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Presumo que inda venha um dia claro Depois de tanta chuva dentro em mim, Do perigeu ao tanto quero enfim Vencer o que deveras mais declaro
E bebo o que pudesse em desamparo E nada se aproxima do jardim, Pousando uma esperança que sem fim Trouxesse novo dia em sonho raro,
Mas nada do que possa em tal crepúsculo, O verso se mostrara então minúsculo O vento desaloja uma esperança
E a queda anunciada propicia A sorte sem saber qualquer magia E nisto o fim deveras já se alcança.
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Se tudo não convenha a quem procura Apenas mansidão dominaria A sorte de quem tenta esta utopia Embora a vida seja triste e escura,
O quanto na verdade se aventura Ousando acreditar na fantasia Deixada pelos cantos dia a dia E nisto outro momento configura
A senda mais atroz e mais sobeja Ainda quando possa e nada veja Somente o mesmo caos que se traduz
Na essência mais audaz em sortilégio O verso se mostrara um privilégio E nele poderia enfim, a luz.
Ainda que não venha o que buscara Batalha após batalha sem descanso Aonde o meu caminho fora manso A solidão invade esta seara
E o prazo determina e se escancara O verso aonde o fim decerto alcanço E vindo do passado em tal remanso Apenas nossa sorte mais amara,
O lento desenhar envolve o sonho E quando na verdade o decomponho Apresentando ao fim cada momento
No canto sem sentido e sem promessa A senda sem temor já recomeça A luta num completo desalento.
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A sorte efetuasse nova luz E nisto o que se fez deixado aquém Do todo quanto possa e me convém Embora na verdade reproduz
Apenas o que vejo em medo e cruz Servindo sem proveito do que tem E nesta sensação de ser ninguém O medo tão somente exprime o pus.
Não quero adivinhar o quanto possa A vida sem sentido e sendo nossa A fossa aonde o tanto não se via,
Eu vejo o que pudera ser diverso E tento caminhar em cada verso Marcando o quanto tento e não teria.
Vagando nos anseios do passado Já não me comportasse aonde o prazo Determinando apenas tal ocaso E nisto o quanto pude tento e brado,
Ainda quando muito ora me evado E vejo simplesmente quando atraso Meu ermo delirar e nisto aprazo Cenário desigual em duro enfado.
O vento se anuncia de tal forma Que nada quanto quis agora informa Senão a mesma face do indigente,
E preso ao que deveras concebesse Meu mundo no final não merecesse Sequer o que decerto ainda tente.
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Marcando o quanto vejo e sei no fim Apenas um momento e nada mais Ainda quando exposto aos vendavais A luta se transforma e sigo assim
Vencido caminheiro sei que em mim Somente o quanto tens e logo trais Vestindo os teus anseios divinais A morte se aproxima e chega enfim,
O canto mais agudo em leda voz E o manto se aproxima aonde atroz O rústico cenário não tivera
Sequer outro momento em discordância E vejo a minha sorte em militância Aonde o meu cenário expôs tal fera.
Fortuna se efetua de tal forma Que nada mais impeça o passo quando O verso noutro rumo se tomando Bebendo o quanto queira e já deforma
O vento no passado nos informa Do tanto quanto vejo desabando O marco mais audaz delimitando O tramitar diverso em rude norma,
Não pude e nem tivesse qualquer chance E vejo sem saber o que me alcance Somente o desvendar de um novo engodo,
Do prazo aonde o fim se aproximasse A vida se transcende e neste impasse O tanto que se quis recende ao lodo.
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Aonde quero a paz e a liberdade Eu sinto o quanto queira novo dia E vivo sem saber da fantasia E nisto o novo tempo desagrade
Quem almejando apenas claridade No fim já quase nada mostraria Somente a mesma face mais sombria Gerando dentro da alma a tempestade.
No caos aonde o fim espera e trama Apenas a verdade dita o drama E nada do que eu quis se faz sublime,
O medo tão somente traz à mente O verso que deveras não desmente E nem sequer enganos já redime.
Vestindo uma ilusão aonde eu possa Viver a sensação de quem se fez Deixando para trás a lucidez A sorte desejada não foi nossa
E o prazo determina o quanto endossa O mundo se desvenda e não mais vês Sequer a menor sombra da altivez Enquanto o mundo adentra em leda fossa,
Tomando em minhas mãos o que seria A noite aonde escuto a mais sombria Verdade anunciada após a queda,
Meu passo sem sentido se perdendo Marcando o que pensara em estupendo E agora neste horrendo rumo enreda.
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Os tempos entre enganos meses dias Atravessando séculos expressam Os ermos onde tanto se confessam As sendas que talvez não mais verias
O tanto quanto possa em noites frias Os erros nos instantes que professam Anseios tão diversos recomeçam E geram meramente fantasias.
Negar qualquer momento e crer no fato Aonde com ternura o que constato Jamais se permitira ser diverso,
E bebo enquanto brindo solitário O mundo tantas vezes temerário Não possa transformar sequer um verso.
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Em dias mais profanos, solidão Expressará o rumo de quem visse A vida se transforma em tal mesmice E sei dos dias tolos que verão
Apenas a temida ingratidão Embora desejar seja tolice O quanto na verdade dividisse Não possa transformar a comunhão,
Revejo o meu anseio e tanto pude Após o que vivera em juventude Acreditar no fim em manso outono,
Apresentando apenas o vazio Ainda quando o tempo eu desafio A sorte com certeza eu abandono.
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A caça que se faz inutilmente Não deixa que se veja alguma presa E quando a vida em tal surpresa Expressa o quanto possa e não desmente
O rumo na verdade se apresente E nisto se transforme com destreza Marcando o dia a dia na incerteza Do tempo que deveras já se ausente,
Não pude rudemente acreditar Nos termos mais diversos e tentar Seguir sem ter sequer onde me entregue
Meu verso sem saber do que viria Ousando noutro passo. Hipocrisia? Só sinto o quanto a vida mais consegue.
Nos erros onde os sonhos dizem tanto E fazem previsões que não vieram, Somente os dias frágeis destemperam E nisto nada mais tento e garanto,
Apenas o que possa em desencanto Vestindo os ermos tantos que tiveram Meus dias entre enganos; desesperam Meus passos sem saber do velho canto,
Não pude acreditar noutro cenário E sei do grande amor imaginário E nele sem sentido sigo em vão
Do vento que deveras sempre avisa A solidão expressa então a brisa E sigo sem ter rumo ou direção.
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Os dias enfadonhos entre os quais Repito cada passo sem ter nexo O mundo sem sentido que ora anexo Desvenda os velhos erros rituais,
E corpos se desnudam sensuais Ousando na esperança de algum sexo Ainda que se veja mais complexo O tempo noutro engano quer bem mais,
Espero o quanto tenho e não viera A solidão invade e sei da espera Audaciosamente agora exposta,
E nada do que tanto desejei Expresse no final o que terei Ausenta-se do olhar qualquer resposta.
Ausentes desta paz que se perdeu Meus dias soam frágeis e vazios Os tantos caminhares, desafios O manto que julgara não foi meu
E o canto se perdera em perigeu Do verso entre tantos desvarios Olhares sem sentido são sombrios E o canto sem destino ora morreu.
Enfrentarei apenas liberdade E sei do quanto possa e se me invade O vento consonante da emoção
Moldando o meu anseio aonde eu pude Viver com mais audácia a juventude Tramando os dias torpes que virão.
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O corte mais audaz já não fizera Do passo em plenitude o meu caminho E quando no fastio ora me aninho Vivendo a solidão, imensa fera,
O mundo se anuncia e da quimera O prazo se expressando em tosco espinho O canto aonde em luzes adivinho O tanto quanto quis e não se espera.
Mergulho nos teus braços e procuro Embora o tempo seja sempre escuro A imensa claridade que me salve.
E vivo cada passo que ressalve Apenas a certeza em verso e luz E neste novo mundo em paz me pus.
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Meus olhos já cansados nada vêm Apenas o cenário aonde o fato De ser tão solitário ora constato E nada do que possa traz alguém,
Pousando muito atrás ou mesmo além Do quanto sem sentido ora retrato Promessa de outro tempo onde resgato Meu mundo sem caminho e sem desdém,
Respaldos de outros tempos mais sutis E nisto na verdade o que se quis E vendo sem sentido ou sem razão
Matando com temor o que não veio Ainda que pudesse sem receio Marcar o quanto possa em emoção.
Esbarro nos enganos e percebo Apenas o que veja sem sentido Depois do quanto possa e se duvido Enfrento a solidão e não recebo
Sequer alguma sorte aonde tanto Vivesse sem saber do quanto venha E nisto o tanto quer e já convenha Somente o quanto possa e me garanto,
Não tento acreditar noutro cenário E vejo sem saber o quanto possa A vida que julgara ser mais nossa E o mundo se anuncia temerário,
Resumos de passados e presente Aonde o meu vazio se apresente.
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Demônios que cultivo dia a dia Marcando com temor o que não veio E sei do meu caminho sem receio E nele toda a sorte em agonia,
O prazo no final já não veria O mundo sem saber do devaneio Aonde caminhasse e sigo alheio Ao tanto quanto queira em utopia
Meu verso noutro encanto se desnuda E sei da minha face aonde a ajuda Deveras não viera e nem se visse,
O marco mais audaz se transformando No canto sem temor e desde quando Amor se demonstrasse uma tolice.
Nos cerros onde a lua se escondera O tempo na verdade não tramasse A sorte que traduza num impasse O quanto sem caminho obedecera,
O medo noutro tempo revertera O passo para o qual tanto buscasse A luta sem saber do velho impasse E nisto o meu anseio ora se erguera
Vestígios do que fomos; no final A senda mais audaz e desigual O rústico momento aonde eu pude
Traçar com mais audácia a voz enquanto Meu tempo no final já não garanto Matando esta insensata juventude.
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Não pude mais amar quem tanto um dia Gerasse qualquer luz e sem caminho Aonde na verdade vou sozinho O tempo noutra sorte não viria,
Somente a mesma face onde sombria Ascendo ao que pudesse em tal espinho E vejo o quanto ausento do carinho Matando desde já tal fantasia,
Mereço qualquer chance? Não sei bem Somente o que deveras sei que vem Expressará enfados entre caos,
Os versos sem sentido não pudessem Vestir os sonhos tantos que se tecem Em dias mais temidos, mesmo maus.
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