
Arquitectura de um pensamento
Data 19/09/2007 14:40:42 | Tópico: Prosas Poéticas
| Larga o meu livro, emancipa-te dele. Não o leias mais, deixa essa folha branca por escrever. O capítulo está encerrado. Larga-o, deixa-o, deixa-me. Não vês que agora és importuno? estou ocupada a tratar do nosso amor por nós. Quando disse que queria-te igual a mim? É por seres diferente que sempre te amei: amo em ti senão as diferenças, mas estou cansada desse lavor. Larga o meu livro, não te contente com ele. Não creias que a minha vontade possa ser escrita por ti; mais que tudo, é isso a minha grande falha, a nossa derrota. Guarda as tuas palavras; o meu livro ficou árido, sem folhas e, o livro que lavrei não tem mais sonhos para nele dormir. Deixa-o, larga-o esquecido na estante até se que cubra de pó, diz a ti mesmo que não é mais que uma das mil atitudes possíveis da vida e, escreve o teu livro.
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