
Amar e Errar ( Na Morte de Um Novo Amor 2)
Data 05/03/2011 20:52:08 | Tópico: Poemas
| Talvez por estupidez Ou talvez por desconforto O tempo acabou de vez E o amor já está morto
Jurei te calar De me afastar de ti Mas errei ao amar Por gostar de ti
Talvez por indecisão Ou talvez por avisos Amavas com o coração E laçavas em mim sorrisos
Mas agora passou por mim Que foi só uma semana Deus quis que fosse assim Pois quem erra, também ama
Adeus às mais tristezas Ao pedidos de morte Às tuas incertezas De não quereres mudar a sorte
Ai, maldição maldita Que destino cruel A minha sina já escrita De sempre representar tal papel
Ó vidas, sumidas, Voltem e me levem Sarem lá as minhas feridas E as dores que fervem
Ó vento, continua Leva este sentimento Esta verdade nua Este meu tormento
Ó esperança calada Volta lá a falar Sei que isto não é nada De amar e errar
Pobre sentimento solto Que as areias me enterraram E não sei se mais volto Por aqueles que me amaram
As lágrimas recônditas Ainda estão aqui! As loucuras benditas Ainda esperam por ti
Calai-vos, prantos sóbrios O tempo empalideceu Onde estão os brios Do esperado Romeu?
O poeta morreu Os seus versos também O cardo não é mais meu E a rosa já não é minha mãe
Reza, mar, ó mar reza! Reza por mim, por favor Este sentimento pesa Na morte de um novo amor...
Essa sombra modesta Da praia, de manhã Dela, nada resta Não surgirá amanhã
Se o silêncio e o desgosto Me pudessem já matar Mostravam o meu rosto De quando te amo ao errar
Ó sentidos diversos Acabem-me com as estrelas Destruam os universos Para não mais vê-las
Rasgo o meu coração Quem me dera não o fazer Morro por desilusão De ter que te perder
A fortuna é tão pobre Quando a gente não a tem Mas é gesto tão nobre Poder amar alguém
Porque é que esse alguém Não chega? Por mim, esse ninguém? Essa esperança me cega
Ai onde está o céu? Onde está a sua cor Cubram-me já com esse véu Na morte de um novo amor...
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