
Meu ara
Data 22/02/2011 01:33:06 | Tópico: Poemas
| Meu ara - Lizaldo Vieira Aracaju dos nossos gostos E desgostos Meu ara Minha mangaba madura Meu sabor gostoso de come Meu cheiro De mar moreno Tranqüila Serena Bonita Pequena Meu siriipe Pedacinho e cão Perdido no atlântico Gosto de você Aracaju Por todo que vem Por tudo que tens Que convém Por tudo que é lúdico Quero-te bem Não mais a pacata menina Graciosa e tranqüila Bucólica Agora Centenária. Moderna e desafiante Brasileirinha á beira mar Onde viver Crescer E amar é sua sina Aracaju que anda pujante Não mais a vapor Como dantes Nem de bondinhos na linha de ferro Agora, cortada por ciclovias. Rodovias Muitas vezes tornando A vida sem vias Num inferno Coisas dos tempos modernos Aracaju Não mais com rios de águas límpidas e puras Dos caranguejos e siris Que muito reinaram por aqui, E do desfile garboso dos botos Na ponte do imperador A agora de mangues poluídos De rios mortos e fedidos Com águas turvas e escuras, Fruto do tal progresso desalmado. Aracaju ainda de praias bonitas Onde se desnuda a beleza morena De suas lindas pequenas E onde o poeta vai se inspirar Aracaju das ruas estreitas Do beco dos cocos Do mercado velho Do Tales Ferraz Das belas avenidas Por onde passa o progresso Tangendo a vida Pra lá e pra cá. Aracaju, do tudo um pouco, Dos sábios e loucos... De sua gente descente, Que vive ou mo reja No gueto No morro, No centro E no bairro, Do indo e vindo De brancos e pretos Na bicicleta Ou á pé No busu ou a cavalo Mas, acima de tudo Gente tinhosa Inteligente e respeitosa Afeita ao trabalho Aracaju de povo descente Que vive e deixa viver A quem se deixar amar por esse chão amigo Gentílico que vira e revira mundo Céus e mares Sem deixar que atrapalhem Sua volta ao pátrio torrão. É bom viver com você Aracaju De ontem e de hoje De pessoas e nomes queridos: Zé peixe, J. Inácio Ofenísia Freire Tetis Nunes Luiz Antônio Barreto Eurico Amado Célio Nunes Aldecir Figueiredo, Wellington Elias, Severo Darcelino Vilder Santos: E do poeta Lizaldo Mas Também Aracaju Dos Josés E Manes, De dona Josefa, Da Margarida Tia Isabé Aracaju com todos os sons Todos os tons Todo calor. Aracaju de nossas vidas Bonita Atraente Atrevida Tu reinas Com todos os deuses E sonhas Com todos os santos. Aracaju sempre disputada Enamorada Nunca rendida... Aracaju de todos os rostos, Sabores E gostos: Da mangaba, Do jenipapo Da pitomba, Da goiaba, Da manga E da jaca, Do doce de leite e de coco. E da pinga com casca de pau. É por esse jeito Com essas virtudes e defeitos É a você que amamos A você Aracaju Das muitas dores Dos muitos sons e tons Dos muitos gostos, Dos Nossos rostos Aracaju dos muitos sabores. E dos muitos amores.
Meu ara - Lizaldo Vieira Aracaju dos nossos gostos E desgostos Meu ara Minha mangaba madura Meu sabor gostoso de come Meu cheiro De mar moreno Tranqüila Serena Bonita Pequena Meu siriipe Pedacinho e cão Perdido no atlântico Gosto de você Aracaju Por todo que vem Por tudo que tens Que convém Por tudo que é lúdico Quero-te bem Não mais a pacata menina Graciosa e tranqüila Bucólica Agora Centenária. Moderna e desafiante Brasileirinha á beira mar Onde viver Crescer E amar é sua sina Aracaju que anda pujante Não mais a vapor Como dantes Nem de bondinhos na linha de ferro Agora, cortada por ciclovias. Rodovias Muitas vezes tornando A vida sem vias Num inferno Coisas dos tempos modernos Aracaju Não mais com rios de águas límpidas e puras Dos caranguejos e siris Que muito reinaram por aqui, E do desfile garboso dos botos Na ponte do imperador A agora de mangues poluídos De rios mortos e fedidos Com águas turvas e escuras, Fruto do tal progresso desalmado. Aracaju ainda de praias bonitas Onde se desnuda a beleza morena De suas lindas pequenas E onde o poeta vai se inspirar Aracaju das ruas estreitas Do beco dos cocos Do mercado velho Do Tales Ferraz Das belas avenidas Por onde passa o progresso Tangendo a vida Pra lá e pra cá. Aracaju, do tudo um pouco, Dos sábios e loucos... De sua gente descente, Que vive ou mo reja No gueto No morro, No centro E no bairro, Do indo e vindo De brancos e pretos Na bicicleta Ou á pé No busu ou a cavalo Mas, acima de tudo Gente tinhosa Inteligente e respeitosa Afeita ao trabalho Aracaju de povo descente Que vive e deixa viver A quem se deixar amar por esse chão amigo Gentílico que vira e revira mundo Céus e mares Sem deixar que atrapalhem Sua volta ao pátrio torrão. É bom viver com você Aracaju De ontem e de hoje De pessoas e nomes queridos: Zé peixe, J. Inácio Ofenísia Freire Tetis Nunes Luiz Antônio Barreto Eurico Amado Célio Nunes Aldecir Figueiredo, Wellington Elias, Severo Darcelino Vilder Santos: E do poeta Lizaldo Mas Também Aracaju Dos Josés E Manes, De dona Josefa, Da Margarida Tia Isabé Aracaju com todos os sons Todos os tons Todo calor. Aracaju de nossas vidas Bonita Atraente Atrevida Tu reinas Com todos os deuses E sonhas Com todos os santos. Aracaju sempre disputada Enamorada Nunca rendida... Aracaju de todos os rostos, Sabores E gostos: Da mangaba, Do jenipapo Da pitomba, Da goiaba, Da manga E da jaca, Do doce de leite e de coco. E da pinga com casca de pau. É por esse jeito Com essas virtudes e defeitos É a você que amamos A você Aracaju Das muitas dores Dos muitos sons e tons Dos muitos gostos, Dos Nossos rostos Aracaju dos muitos sabores. E dos muitos amores.
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