
EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO
Data 18/02/2011 22:58:47 | Tópico: Poemas
| EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO
Procurar no “eu” Um “nós” latente.
Latir. Latir certa voz. Uma voz inconteste de “gente”.
Jamais deixar De depositar confiança No humano poder (Do querer inerente).
Como vós Ao quarto, quando, A sós, Latis Ganidos de contente Sabendo-vos, de todos, diferente...
Dane-se a febre pobre De ser feliz Adentro às grades De canis.
Ser ou não ser cão... Ser ou não ser coerente...
Porém reconhecer-se N'algum sabor A ser do próprio, o próprio senhor
Tornar-se, de si, O ator, A atriz Sem atos falhos com falas falhas Na ribalta apagada da noite farta De olhar a lua fátua a se repetir...
Eis a ladração intermitente D’um típico Hamlet Indigente
Até esta provação toda se ir Por vozes em falsetes Sem público Sem tietes...
Em mim, em vós Devem sangrar dos torniquetes Poemas nada sutis Longe dos modos gentis De Sheakespeare
|
|