
Amor tímido
Data 12/02/2011 16:37:27 | Tópico: Poemas -> Amor
| Quando olho e apareces, Bem à minha frente, Deixas-me os lábios selados, Reduzindo-me a uma simplicidade inocente.
E quando olho e não estás tu Fico extremamente descontente Sentimentalmente nu Do amor e da vida, descrente
As outras vezes que te vejo (Dizem que com os olhos, não mentes) Observo directamente a tua alma O que verdadeiramente sentes. Na tua única maneira calma De potenciares coisas impotentes Como da minha mão, minha palma.
Imaginar-me sem ti Será imaginar roupas sem gentes Sem ti sou dispensável Uns trapos velhos, excedentes.
Vindo de ti, um simples adjectivo Nunca simples será para mim Será provavelmente um cravo vivo, Que me poderá fazer voltar ao céu, Depois de à Terra ter descido. Nem ramos de chocolates, nem caixas de flores Nada disso és merecedora Se de mim és criadora, Te darei a minha vida, Ficando apenas com aquelas dores, Das quais és infelizmente causadora.
Levas-me à total ignorância, À quase total felicidade. Será melhor amar e ser amado, Ou saber toda a verdade?
Quando estás perto, mal me sinto, E se estás longe, fico tal como toxicodependente, Quando a sua droga é retirada. Mas porquê, minha amada? Porque me fazes ficar doente? Febres, ardores, a bomba de sangue quebrada?
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