
AOS NOVOS POETAS
Data 05/02/2011 16:19:25 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Embora eu faça do pensamento julgamento, a que dou vazão, nas minhas poesias, não faço dele meu senhor, porque há muito mais alvor, dentro de mim, dentro dos meus dias.
E embora eu não me reveja na emoção, sem que lhe assista Razão, porque é dúbia e inconstante, humildemente dou por mim a olhar o mar, e à passagem de pessoas cumprimentar, porque também sou essa coisa constante.
Digamos que tenho tantos sentimentos, que é fácil fazer falsos juramentos, e me julgarem um sentimental, nada de mais falso, aqui se pronuncia, o que eu sei é diferenciar a noite do dia, com o nome próprio, que lhe é peculiar.
Meu pobre coração, onde ficas tu? A que lugar algum? Também eu já estive apaixonado, e de tão tonto, balbuciava disparates, que eu julguei, do amor, ser apartes, que eu dizia, quando estava enamorado.
Escrever um poema, para os novatos, convém que sejam cordatos, e que sigam o almejo do desejado coração, pois é ele, primeiramente, que tem a essência dos sentimentos, sua benevolência, e não precisa para nada, da mesclada emoção.
Não temam escrever, fazer sair a poesia, vossa eterna alegria e companheira das horas mais silenciosas, porque é no erro que se chega à perfeição, e vos aquecerá, no inverno, o coração, pois um dia vossas obras serão grandiosas.
O resto é nada. Intento sem propósito.
Jorge Humberto 05/02/11
|
|