
[À Senhora das minhas Horas]
Data 01/02/2011 13:00:29 | Tópico: Poemas
| [Um canto assim, quase pastoral... quem escreve por alívio detesta classificações - eu apenas escrevo na Grande Rede!] __________________________________
Matamo-nos... portanto, eu te imagino assim:
Tu te sentas no ponteiro das horas... e ali, como se estivesses num balanço comprido, de cordas amarradas nos galhos das grimpas de um velho jatobá, sorris, divertida [será?], com o passar das horas... [Maldade... maldação minha?!]
Mal sabes que a estas mesmíssimas horas, eu, cá de longe, estou sofrendo, penando, com os cotovelos apoiados diante da "marelinha", e o rosto afundado nas mãos espalmadas... [perdido... perdido... perdido... morto!]
Não me recrimines... deixa-me, estou só, perdi, não tenho mais nada, e este é o jeito que eu tenho de viajar até o castanho dos teus olhos, até à tua voz macia, ao teu cheiro... [A memória do desejo é louca, louca, eu estou te sentindo agora!!]
O que mais pode querer de mim a Senhora de [todas] as horas minhas? Minhas? Nem sei... mais tuas que minhas!
[Penas do Desterro, 27 de janeiro de 2011]
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