
Divagando
Data 28/01/2011 19:08:04 | Tópico: Poemas
| Deitado ao chão gélido e duro Olhando não se sabe para onde Talvez admirando o escuro Da sombra que se esconde.
Morcegos voam ao vazio Relógios derretem ao vento E do fundo do poço sai o frio Com o grito do sofrimento.
Anjos sem asas Deformados e sanguinolentos Nadam em um mar de brasa E bebem veneno.
O sol é azul e frio A lua é o negrume da tarde As estrelas não são o fascínio São o bucólico covarde.
As rosas são violetas E os lírios são indelicados A tristeza é a borboleta Que pousa sobre o pecado.
O mundo é preto e branco As avenidas são mortas As árvores não têm balanço A faca não, mais, corta.
A água não é molhada, É mais seca do que o deserto, Não é fria como a madrugada, É o triste futuro incerto.
As nuvens são densas São escuras e imensas, Distantes e horrendas.
E voltando a verdade Os olhos são o rompimento Do mundo da realidade Com o mundo do pensamento.
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