
VIAJANTE
Data 28/01/2011 14:53:52 | Tópico: Poemas
| Correndo contra corrente, Vejo passar tanta gente, Que logo me atinge o medo, Levando embora a coragem.
Como um baú de brinquedos, Que sempre fica a espera, Destemido como uma fera, Capas de guardar grandes segredos.
Sempre é chegada a hora, A fatídica hora do adeus, Hora de ir embora, E talvez nunca mais voltar.
Mas deixo esta vida sem demora, Pois nela já vivi demais, Se é chegada a hora, Resta-me ao menos um pouco de paz.
Abandonando assim não a vida de verdade, Mas aquela que me devora, Aquela que por si mesma, É uma grande mentirosa.
Mas agora desta vida não haverei de fugir, Pois somente uma vida realmente vivida, É que me obriga a sentir, Não deixando qualquer dívida.
Mesmo com toda dor guardada dentro de mim, Prossigo sempre a caminhar, Tendo sempre como guia, As estrelas e o mar.
|
|