
Reapropriando-me da minha palavra
Data 25/01/2011 19:02:35 | Tópico: Poemas
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A fidelidade que trago no peito, esta mesmo que a mim dedico que vem a mim, como um ninho onde me abrigo,como uma casinha onde guardo tesouros, onde me aninho e me refugio, numa rocha firme e inabalável...
Esta minha necessidade de coerência que vem de dentro de mim, quando vem a divergência entre o meu compromisso comigo mesma e o compromisso com o outro, suscita em mim, compromissos de lealdade.
Comprometo-te contigo, mas também com a relação que nos falta construir, a qual ignoro, assim como a forma como se desenvolverá, se vai prosseguir ou até regredir...
Quando me interrogo sobre os meus compromissos vejo que o fio condutor dos meus fracassos assim como das minhas relações essenciais, é a fidelidade.
Por estranho que possa parecer, tenho a impressão de que a fidelidade é um dos valores mais fundamentais na minha vida.
Conquistei esta fidelidade graças a um melhor conhecimento de mim mesma, quando comecei a clarificar as minhas imagens em relação à minha vida, superando os meus medos.
Com esta atitude busquei a ousadia reapropriando-me da minha palavra e sobretudo foi graças a um posicionamento, de firmeza e de clareza na relação com o outro, tendo o cuidado de nunca me deixar definir pelo outro.
Daí que aprendi que nada do que nos façam tenhamos que lamentar,porque afinal estamos aqui para crescer uns com os outros e os outros apenas nos fazem aquilo que nós permitimos que nos façam...
Hoje estamos fracos, mas amanhã mais fortes, e assim vamos permitindo ou não, uns aos outros aquilo que nos acontece, quer o bem ou o mal: o bem nos trará contentamento o mal nos fará crescer e aprender ...
Alice Barros
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