
Quimera
Data 22/01/2011 03:10:23 | Tópico: Poemas
| Sisuda mágoa . Espelho do meu pálido sorriso, Nem devaneio, nem dispersão... Nem prazer és... És quimera ...? És-me cálice de longe e tardio olhar desigual Que lanço sem saber o desatinado tremor... Espada aguda e cega. És-me chama, Fogueira de bruta e rubra violeta cor. És-me guerra... Enfadonho trilho ... Mescla de carne em conflituoso escárnio. Sombra.... Ave de rapina Soberbamente carregado de engano PORQUE (?) Porque? Em calmas nuvens, não traz-mes brisas? Podias ser anjo, podias ser inerente paz... Mas fugitiva força, me atrais... Oceânico sonho... Distante cometa sem brilho , Sem vida própria. Imperfeita e amputada luz... És como a primavera sem flores, És o chão estéril, O abismo e o sofrimento dos esquecidos, A carência do pão que foi"cuspido..." O aborto, o peito que arde e queima pelo latejante leite contido. O filho pródigo, O rio irreverente que segue, sem se importar com o que arrasta... Torrente... Devastando tudo sem rastro deixar´ És... O começo e o fim do nada ... És, sobremaneira, estúpido, mortal sentido Venerado e soberano sem de nada seres Rei... Crucificado e escarlate sacrifício... ...Também calvário ... És cruz. (Ednar Andrade). (21*01*20011*).
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