
Doce amarga chuva
Data 19/01/2011 14:15:52 | Tópico: Poemas
| És tão doce o som da chuva caindo da calha, que importuna e dilata a alma Som delicado e intrigado Como som de crianças cantando e dançando diante a um chão molhado. És doce a chuva que encharca o chão Chuva que traz e faz o som. És como véu, quando se entristece e com fúria embranquece e cai dos céus. Calmamente parando e contigo levando a fúria e o amor dos seres humanos. Triste som da chuva caindo da calha, quando importuna e quando se espalha, Levando contigo as vidas e felicidade dos que esperam a aurora. Onde se escondem as crianças que cantam e dançam no chão que molhas? Chuvas doces e furiosas, porque meches tanto com minh’alma? Tu alegras e entristece aqueles que a ti são soberanos Sei doce e amarga chuva que não fazes por mal Que choras quando não sentem o teu doce som, E entristece-se por não quererem o teu dom Tu tens o dom de encharcar e ao mesmo tempo importunar És mais justo quando choras Pois os seres de hoje mal se importam com suas almas E de ti dilatam cada vez mais a alma. Tu levas, tira, faz com que venhamos a perder. Ha tempos merecemos o que tens que fazer Não amamos os belos dias, e maltratamos o que a nós tu oferecias. És justo que espalhe teu doce amargo som Quem sabe ouçam o importuno e intrigado som das crianças que cantam Dançam sobre teu molhado chão.
30/01/2010 Poema dedicado a algumas das maiores chuvas de janeiro que de muitas foram perdidas e, porém recebidas por Deus.
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