
MEUS SONETOS VOLUME 121
Data 28/12/2010 14:17:58 | Tópico: Sonetos
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1
Okay! Você venceu, fico calado. Também não precisava desdenhar Com verso bem sutil e debochado Agora o que me resta? Colocar
Viola no meu saco amarrotado Cansado de escrever e de contar. Um verso após um verso encadeado Não sei onde esta porra vai parar...
Eu gosto do Paulinho da Viola Um velho timoneiro, o de Carvalho Deixava o mar levar sem discussão.
Coelhos, não escondo na cartola As rosas já não falam. Meu trabalho Eu sei que na verdade é sempre vão...
2
Ok, minha querida, tudo bem... Aceito a decisão e fim de papo. A solidão parece que já vem, Fazer o quê? Eu juro não escapo
Depois talvez ressurja noutro alguém Mas por enquanto resta só um trapo. Sozinho, minha amada, sou ninguém, O coração esgarça num fiapo.
As malas arrumaste, podes ir! Pra casa dos teus pais, e boa sorte. Não tenho quase nada a te pedir,
Somente desejar felicidade... Tá bom... serei portanto bem mais forte, Meu prêmio de consolo... Uma amizade....
3
Os nossos corpos juntos... Que loucura! A terra com certeza vai tremer, Envolta em alegria e com prazer, Querida, nosso amor ninguém segura.
É feito de um desejo que matura Deixando uma delícia a se saber Gostosa de provar e de comer, Em ritmo alucinante de aventura.
Vem logo, moreninha que eu te espero Eu quero teu cheirinho tão faceiro, Teu corpo alucinante, assim, trigueiro
Já sabe, meu amor quanto eu te quero. Não deixe pra depois, o amor da gente, Que causa, em plena seca, tanta enchente... Marcos Loures
4
Os meus versos pensando neste amor Que tanto quanto encanto me conquista, A praia desejada já se avista Aos olhos deste audaz navegador.
Naufrago neste solo tentador Ao qual jamais conheço quem resista, Criado pelas mãos de um Deus artista Num momento sublime de louvor.
Uma expressão suprema de carinho, Divina criatura em que me aninho Depois de um novo dia de batalha.
Chegar à nossa casa de mansinho, Um pássaro retorna ao doce ninho Tocando a poesia que se espalha...
5
Os meus versos de amor, quando faço São sinceras mensagens de paz. Tanto amor quando cruza este espaço Alegria que dá satisfaz.
São bandeiras de muita esperança Fantasias que mostram sorrisos. A distância que um verso se lança Aproxima do amor, paraísos.
São sensíveis os rumos que traçam Os meus cantos em busca de Deus, Quando amor e amizade entrelaçam, Mais distante se esconde um adeus.
Minha amada querida onde for, Levarás os meus versos de amor...
6
Os meus pobres segredos, leva o mar... Misérrimo, desditas estribilho... Quem me dera poder enfim, cantar Estrela vespertina nega o brilho.
Meus cândidos amores, sem luar... Mãe zelosa cuidando deste filho, Sinônimo perfeito para amar... Amor quer liberdade e não caudilho!
A sina dolorosa do amor morto. O gosto enlameado da saudade... A vida que se passa pede porto
Mistérios tão mundanos não se levam, Os olhos vergastados, claridade, Tardes ensolaradas também nevam.. Marcos Loures
7
Os meus ossos expostos no canteiro Soltando minha voz neste terraço. Inverno vem batendo derradeiro E a moça que se foi, sequer abraço, No mundo sem limites, passageiro, Deitado no canteiro, meu cansaço.
O que se fora verso agora morre, No vulnerável sonho da paixão, Apenas o teu laço me socorre, Resgata o que restou da podridão Que pelas ruas foge e quase escorre Deixando simples rastro sim ou não...
Louvando, meu amigo, os teus esforços, Te entrego como prêmio, os meus destroços...
8
Os meus olhos molhados te procuram Nas noites, tantas rondas pelos bares. Aqueles que conhecem asseguram Que estás em meio às pedras, lupanares. Que faço se meus olhos não aturam Verdades que me impeçam meus sonhares...
Tu foste minha glória e meu degredo, Dezembros se passaram sem te ver. Mas guardo dentro em mim este segredo Que faz a minha vida renascer; Embora reconheça desde cedo, Sem ter tua presença irei morrer...
Meus versos se tornando tão banais Permita que eu descanse, amor, em paz...
9
Os meus medos rolando escada abaixo; Deixando o apartamento mais em paz. Da luz que me queimava nem um facho Respiro aliviado e mais audaz. Com riso sorrateiro, quase escracho, Tu olhas para mim, bem mais voraz...
Esqueça aquela música distante, Falências e vergonhas... não, não mais.. A vida se tornando num instante Um barco que assegura bem seu cais, Teu riso tão mesquinho e triunfante De quem sempre me soube até demais...
Agora que não temo mais o dia, Talvez amor renasça em sintonia... Marcos Loures
10
Ouvir o canto alegre da sereia Permite depois destes temporais, Que a vida se refaça em branda areia, Delícias em delírios sensuais...
Amor que sendo mágico, incendeia, Fantásticas visagens imortais. Por mais que uma alma só, deseja, anseia Momentos delicados, cruciais,
Eu venho do vazio desta noite Aonde a fantasia, duro açoite Cortara minha carne em tantas postas.
Da argila em que fui feito, nada sobra, O amor que em mil pedaços se desdobra Deixando as minhas dores sempre expostas... Marcos Loures
11
Ouvir do coração canções em ecos, Deixando bem distante qualquer susto, Não ter a sensação de ser dos pecos, Viver uma emoção a todo custo, Os dias que se foram, tristes, secos, Refazem plenitude em cada arbusto.
Com mãos de mestre, amor já nos renova, E deixa para trás a dor e o medo, Tomando uma ilusão, coloca à prova Receios de vivermos no degredo, Porém ao ver o céu em lua nova Descubro em renascer, o seu segredo.
Às vezes em seus braços eu me iludo, Mas em novo mergulho eu vou com tudo...
12
Ouvir dos campesinos, seus lamentos, Poder ser menos vil. Ter liberdade, Aguar uma esperança com Verdade, Viver além do cais, medos tormentos.
Usando com argúcia, os sentimentos, Tentando perceber a qualidade Por mais que entenda enfim, a insanidade, Meus olhos inda seguem mais atentos.
Urgência em ser feliz. Farta mentira Que a velha poesia ao vento atira E molda inutilmente uma ilusão.
Turba brancaleônica, utopia, O monstro que dos lagos emergia, Causando nos meus sonhos, convulsão...
13
" Descobrir em ti um ninho seria mais que uma ventura; ter liberdade, como um passarinho, comer do teu bico com doçura."
Chaplin
Ouvir de um sabiá, o belo canto Que espalha-se por sendas tão diversas Sabendo desde sempre deste encanto Do qual derramas ouro quando versas.
De ti, somente sou mero aprendiz, Pois trazes libertário, o coração, Se o céu que imaginei é frio e gris Em ti encontro rumo e direção
E sei que nesta fonte me sacio, Esplendorosa e intensa claridade, Ao espalhar qual pérola o rocio À poesia traz fecundidade
A voz deste poeta fascinante Dourando este horizonte a cada instante...
14
Ouvir cada palavra que me dizes Permite-me sonhar com novos dias Imerso nas mais claras fantasias Seremos, com certeza, mais felizes.
A vida coleciona mil deslizes E mata pouco a pouco estas magias, Sentindo tuas mãos mansas, macias, O amor supera dores, medos, crises.
Assaz maravilhado, eu te persigo, E quero este delírio como abrigo, Vivendo a maravilha de ser teu.
Singrando mares tantos, solto as velas, E quando amor intenso tu revelas, Meu sonho nos teus sonhos se escondeu...
15
Ouvir a voz serena de quem amo Chamando para a festa do prazer. Amor é soberano e qual um amo Domina totalmente o meu viver.
Uma árvore se expande em galho e ramo Assim também amor faz com meu ser, Se vives tão distante, amor reclamo, Eu quero nos teus braços me perder.
E ser além de tudo, outra metade Da vida que se mostra em fruto ameno. Sabendo que encontrei felicidade
A mesa da alegria está bem posta. Jamais uma outra vida concateno Somente do teu lado, uma resposta... Marcos Loures
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Ouvir a voz que vem do Maranhão Fazendo poesia com destreza, É como desfrutar de uma beleza Cerzida pelas mãos do grande Arão.
Poeta tem que ter a percepção Do mar após vencer a correnteza, E traz à fantasia a ligeireza Que possa nos tocar o coração.
Tu sabes conquistar com versos raros, E mesmo quando em frios desamparos Eu posso me encantar com teus poemas,
Pois neles ao romperes com algemas Permitem libertário pensamento Que é para os meus sofreres como ungüento...
17
Ouvir a voz do vento na janela Chamando por teu nome, onde estás? Apenas o silêncio me revela Que foste e carregaste a minha paz.
O frio que, invadindo é tão voraz Inverno dentro da alma me congela, Apenas solidão, a noite traz O quarto transformado em dura cela.
No lusco-fusco espectros bruxuleiam, Os meus desejos tolos que te anseiam Não tendo mais respostas já se calam...
Arrasto estas correntes, meu grilhão, Resposta ao vento: a amarga solidão. Os braços da agonia é que me embalam... Marcos Loures
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Ouvir a voz do tempo que não veio, Refém do que julgara ser tão meu, Se o verso da esperança apodreceu, A terra sem adubo diz centeio?
Não vejo solução, mas busco um meio De ser ao fim da noite, ainda teu. Beber a fantasia sem receio, Anseio o que deveras se perdeu.
Acaricio os olhos da ilusão, E beijo a boca amarga da verdade, E quando a poesia diz saudade,
A dor tomando forma de refrão, Nublando com torpor a claridade, Espalha em seu caminho, a solidão...
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Ouvir a tua voz, ser teu parceiro, Usando da palavra como escape, Temor que se tornara corriqueiro Perdendo a sua força; o seu tacape.
O quase ser feliz não poderia Dizer do quanto eu quero e não consigo, O medo toma conta do meu dia, E apenas o vazio é meu abrigo.
Rastejo procurando pela estrela Que um dia se fez bela e já morreu. Invés da claridade, imenso breu
Que a noite interminável me revela, Porém quando vislumbro o Meu Senhor, Da intensa escuridão, luz e calor...
20
Ouvir a tua voz tanto me acalma E deixa o meu caminho mais tranqüilo, Olhar entre as estrelas, se desfilo, Encontro imagem rara de tua alma.
A vida vai passando e cala o trauma, Mudando totalmente o seu estilo, Já não permite mais qualquer vacilo, Apenas teu carinho me diz calma.
Na linha do horizonte a tua imagem, Formando a mais perfeita paisagem, Dourando o pôr do sol, clara esperança.
A noite prometida em raro brilho, Abriga o coração deste andarilho Que assim, felicidade intensa alcança..
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Ouvir a tua voz me traz alento. Pois tenho uma esperança que não cala, De te ver caminhando em minha sala Trazida pelas mãos de um doce vento.
Não deixo de pensar um só momento Na força da vontade que avassala Num acalanto meigo que me embala A voz que não me sai do pensamento.
A festa que propões é redenção Ao peito que se esvai em medos; frágil, O vento da promessa que é bem ágil
Batendo na janela, abre o portão E adentra mansamente casa afora Espero te encontrar; amada, agora! Marcos Loures
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Ouvir a tua voz já me permite Saber que poderei ficar em paz. Viver além da conta, no limite Às vezes nos maltrata ou satisfaz.
Por mais que a consciência, sábia, grite Eu creio no impossível, vou atrás Do sonho mais audaz que tanto excite É um desafio novo que se faz.
E tento o louco intento de vencer As artimanhas todas de um amor, Fingindo ter quem sabe, algum poder
Mergulho nestas águas violentas Loucuras deste insano sonhador Que em plenas tempestades, apascentas... Marcos Loures
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Ouvir a encantadora melodia Que traz em seus acordes, o desejo, Olhar que mansamente me inebria, A fonte inesgotável que eu almejo.
De todos os caminhos, a harmonia, Que é feita sem temor, pudor ou pejo, Renova uma esperança a cada dia, Bem mais que simplesmente algum lampejo,
É tudo o que mais quero, sabes disso, O amor ao renovar textura e viço Explode-se em matizes tão diversos.
Distante da monótona tristeza, Exposto aos fortes sóis do amor que preza A música invadindo assim meus versos...
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Ouvindo, do passado, este bolero Que fala dos amores impossíveis. A dama em contradança ainda espero, Momentos que sonhei inesquecíveis...
Rodando no salão das ilusões, Apenas a lembrança se aproxima, Aonde imaginara furacões Marasmo modifica todo o clima
E tudo se perdendo, noite e dama, O meu olhar te busca no salão. O coração estúpido te chama, Resposta se repete: sempre não...
Em vão, a vida passa sem ninguém, E a letra do bolero me contém...
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Ouvindo uma modinha do passado Nos lábios que beijei, farta lembrança, No tempo de sonhar, extasiado, O vento da alegria nos alcança.
O amor que é feito á nossa semelhança Trazendo em mansa noite intenso brado, Enquanto um paraíso em brilho lança O encanto tantas vezes desejado.
Ser teu e tão somente traduzir No olhar enamorado o meu porvir Que possa transformar meu dia-a-dia.
A par desta emoção que nos invade, Eu bebo em teu olhar saciedade, Entornas pela casa, poesia... Marcos Loures
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Ouvindo uma canção que nos dizia Da força da saudade, mar bravio. Um novo amanhecer eu fantasio, Vivendo esta emoção: plena alegria.
Maravilhosa noite em sintonia Deixando bem distante medo e frio. A primavera traz vento de estio, Cenário fascinante, em sonhos, cria.
Sublimes os luares que virão, Decerto uma promessa inestimável. Teu toque sensual, suave, amável,
Dois corpos numa dança alucinante, Vestido decotado, provocante, Acende fogaréu feito em paixão...
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Ouvindo um seresteiro na calçada Abrindo uma janela adentra o som Tornando toda a noite iluminada Trazendo para a vida o que há de bom.
Quem dera se mantendo o mesmo tom Jamais a voz saísse destoada, Apenas vero amor tem este dom De ter o sol em plena madrugada.
Amor tão verdadeiro e mais perfeito Encontro nos teus braços, sem engano. Eu penso ser feliz, é meu direito
E tento em cada verso convencer Àquela a quem desejo soberano Já sabe ser a fonte do prazer... Marcos Loures
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Ouvindo tua voz na noite fria Me lembro do verão do nosso amor. Do tempo que passamos no torpor Que sempre prenuncia a fantasia.
A boca que beijava e me lambia. Delitos do prazer, ondas, calor. Espinhos que sangravam, dor e flor. Gemidos e delícias, sinfonia...
O tempo não perdoa, tudo acalma. Loucura se transforma em morna calma. As noites se esqueceram desse estio...
Porém, na transparência, camisola. Meu verso, em disparada, nos consola E a noite se promete, louco cio...
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Ouvindo tua voz em serenata, Amiga me recordo dos teus lábios... A vida me negara fina nata, Os medos revestidos, alfarrábios
Esquecidos num canto, estante prata. Destinos, extravios, astrolábios Destruídos, perdida esta fragata, Encontra seu amor. Mares arábios...
Último que saltar apague a vida... A tua voz serena inda me tenta, Por onde procurar irá perdida
A manhã dos amores sem sentido... Um coração disforme se arrebenta, O mundo que vivemos, distraído... Marcos Loures
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Ouvindo tão distantes, ledos passos Daquela em quem a vida se fez plena. O gozo da alegria em vão me acena, Porém quando eu te busco, falsos traços...
Voltar a te tocar, nos meus abraços Tornando a minha noite mais serena, Esta ilusão inútil me envenena, E a solidão estreita, assim, seus laços...
Eu grito por teu nome e sem resposta, Minha alma vai sangrante em dor exposta Matando o que me resta de alegria...
Revejo num momento a antiga senda, Sem luz que da esperança ainda acenda O amor vai se vertendo em agonia... Marcos Loures
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Ouvindo tantas vozes do passado Que sempre foram boas conselheiras Sabendo que já tive teu cuidado, Agora o que resta são olheiras
Das noites mal dormidas inseguras, Na cama que rolava, sem ninguém, Vivendo nestas minhas desventuras, Amor que se promete nunca vem...
Recebo esses maus tratos com sorrisos, Que faço se não posso te esquecer? Apenas destruindo os paraísos Que cismam em tentar sobreviver...
Não vejo outra saída nem caminho... Vou enfim, com certeza mais sozinho...
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Ouvindo seu rugir por essas praias, Num canto que me embala e me remoça. O vento, sem querer, levanta as saias Mostrando as belas pernas desta moça...
Trazendo tal beleza sensual, Deixando um coração demais atento. Nas ondas que se quebram, festival, Deitando meus olhares, peço vento...
Nas formas que desejo, tateando, Encontro teu olhar, amada minha. As praias; tão formosa, decorando. Das ondas e dos mares se avizinha.
E pintas com magia toda areia. Em tudo já me encanta uma sereia...
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Ouvindo Pavarotti percebi O quanto o dó de peito me fez falta, Nas luzes coloridas da Ribalta, Garoto maltrapilho; renasci,
Vendendo amendoim, cheguei a ti, Bebendo esta cachaça, errando a pauta, Joguei fora do prédio, a Cruz de Malta, No fundo sem dar trela, me perdi.
Resgato a gata pega pelo rabo, No fardo que cerrado não me acabo, Cabreiro sabe a corda necessária.
No peito esta medalha feita em bronze, O time em que joguei não tendo os onze, Mantinha uma defesa temerária...
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Ouvindo o canto triste da araponga Anunciando a chuva que virá. Tristeza no meu peito já se alonga E sinto desabando desde já
As velhas estruturas que eu julgara, Poderem sustentar cada desejo, A mão que me guiara, desampara, E o fim em desencanto; assim prevejo.
Vencido por fantasmas que cultivo, Não posso reclamar. Melhor partir. No fundo, algum alívio: sobrevivo, Não tendo nem mais nada a repartir
Senão o desalento de saber Que ainda resta muito por viver...
35
Ouvindo passos nesta escadaria Percebo o teu alento que se chega. Na luz que teu sorriso me irradia Vontade de te ter... vida carrega Meus sonhos em perfeita sintonia Trazendo em nosso quarto a plena entrega....
Ascende qual um fumo, o meu respiro. Ao ver teu corpo belo, aqui comigo; Extasiado solto num suspiro A sensação perene deste abrigo. A teus braços abertos, já me atiro E passo a passo amada, em ti prossigo...
Nas estradas mais duras, és quem guia A caminhada nossa, de alegria...
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Ouvindo o teu suspiro, ao fim da tarde, Distante... Chega o eco deste som... Me invade a sensação de uma saudade, De um tempo tão feliz... Como era bom...
Ao mesmo tempo acalma e, sereno arde; Felicidade é mais que um simples dom, Voando para ti, em liberdade; Quem dera estarmos juntos; mesmo tom...
Alegres, cristalinos, os sorrisos, Em todos os folguedos de criança... Os dias se passaram imprecisos,
Momentos gloriosos que tivemos... Neste suspiro está tanta lembrança, De todos os momentos que vivemos...
37
Ouvindo o teu chamado meu amor, Correndo pr'os teus braços, logo vim, Tu és minha alegria e sem temor, Te vejo como um sol dentro de mim...
O mundo, do teu lado, é mais bonito; Os mares, as estrelas... As montanhas... Olhando o firmamento... O infinito... Na busca pelo encanto. Nossas sanhas...
Eu te desejo tanto... Como é bom Saber que tu também me quer contigo... Amar é dividir o mago dom Na busca pelo mesmo e forte abrigo...
Eu estava esperando o teu chamado, E me entregar a ti, apaixonado...
38
Ouvindo o galo cantando Sentindo o doce carinho De quem sei que estou amando Não me sinto mais sozinho...
O vento no milharal Cabelos de minha amada Sob o sol tão sensual Na manhã iluminada...
No brilho do azul do céu Refletindo na lagoa Montamos neste corcel A vida, assim é tão boa...
De noite na branca lua, Tua beleza; amor, nua...
39
Ouvindo o derradeiro canto ao sonho, Metáforas guardadas na gaveta, O amor arrebentando porta e seta, Serena madrugada em vão medonho.
Cenário desigual que assim componho, Permite que eu me sinta até poeta, E a noite em serenata se completa, Formatação de um tempo tão bisonho...
As urzes destroçando o meu canteiro, Perenes e daninhas. Podre cheiro Das rosas esquecidas pelos cantos.
E o tempo nada diz, somente passa, A terra boquiaberta vem de graça, Da lama e das cinzas nobres mantos...
40
Ouvindo o canto nobre da sereia Repito o que mais quero neste instante Minha alma na verdade sempre anseia Roubar o mais sublime diamante
Exposto em fortaleza inalcançável, Tramando com certeza uma saudade, A boca tão sublime, imaginável Expressa dos prazeres, a vontade.
Coragem não preciso pra sonhar Com o doce molejo da morena Que chega de mansinho e vem falar Do quanto este desejo toma a cena.
Colhendo cada beijo destes lábios, Amores se mostrando sempre sábios...
41
Ouvindo na vitrola o meu passado, Jogado pelos cantos desta sala Enquanto a poesia aqui me embala Bala perdida dá o seu recado
E entrando na janela do meu quarto Fazendo um barulhão e dando susto O dia que eu julgara mais augusto Sem anjos já morreu. Sonho; descarto.
E as cartas que guardei no meu armário Rasgaram a folhinha e o calendário, A moça não quis nada mais comigo
E o peixe se afogou; poluição, Eu vendo numa esquina o coração, Mas ninguém quer produto tão antigo...
42
Ouvindo na janela, a sua voz, Longínqua e tão distante, como um eco. Surgindo do passado, manso, atroz. Tal qual se fora um baque, meio seco.
O som se repetia claramente Chamava por meu nome, me assustei. De tanto que sonhara, num repente, Um sinal de quem tanto, tanto amei...
Só meu nome dizia nada mais, Numa doce armadilha da saudade... Como a dizer do amor que foi demais, Como a falar em toda eternidade...
A voz do meu amor, meus desenganos, A voz de quem morreu, há tantos anos
43
Ouvindo Monserrat eu percebi O quanto o meu soneto nada vale. Da perfeição sublime descobri Distâncias da montanha sobre o vale.
Por mais que o classicismo ainda fale, A sensibilidade morre em si. Banquete valioso que regale Só diz da feijoada e do açaí.
Os copos de cristais? Só descartáveis... O vinho envelhecido? Uma cerveja, Enquanto a churrascada se deseja
Os versos eruditos: intragáveis! Melhor ouvir então a Kelly Key; Beleza sem igual, eu nunca vi!
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Ouvindo matinais galos, pardais, O gosto da saudade? Broa e milho Assado no fogão do quero mais, A rota da esperança pega o trilho
E vaza em meio à dor, canaviais. Eu velho quando outrora fora filho, Cantava uma ilusão por estribilho Bebia da vontade sem jamais.
De tudo o que sobrou, amiga velha. Apenas tua senda que emparelha E segue sem ter curvas, linha reta.
A broa que mamãe fazia festa Não mais saboreando, não me resta, Sabor da tarde morre e se incompleta...
45
Ouvindo esta canção, que amores diz Fazendo deste sonho, um raro encanto, Eu sei que te desejo e te amo tanto, Somente do teu lado eu fui feliz...
De todas as loucuras que já fiz, O amor tomando tudo, canto a canto, Cobrindo os meus anseios com seu manto Matando a solidão, cruel atriz.
Ao te ver caminhando pela casa, Eu tento disfarçar a ansiedade Desnuda, tua pele já me abrasa
Num incêndio que domina o quarto inteiro, A doce insensatez que agora invade Espalha pelos cantos o teu cheiro... Marcos Loures
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Ouvindo essa buzina do seu carro, Meu coração depressa, se agitou, Acendo, disfarçando esse cigarro, O vento pros seus braços me levou. Na noite tão vazia eu já me esbarro E penso neste amor que não voltou, Meu sonho derretendo que nem barro, Apenas a saudade me restou. Mas vejo que inda tenho uma esperança Depois da chuva sempre vem céu claro, Na casa da menina hoje tem dança Quem sabe, meu amor, não fique só, De seu amor eu vivo e vou no faro, Que bom que eu aprendi dançar forró!
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Ouvindo da janela, o rouxinol Aguardas a presença na sacada, A lua se fazendo de lençol, O vento segue uivante, não vem nada...
A cotovia traz de novo o sol, O dia recomeça, a mesma estrada, Uma esperança serve de farol: Decerto ele virá de madrugada...
Assim a vida passa e nada vem, A moça procurando por seu bem Deixando esta janela sempre aberta.
Quem sabe no final da primavera... Quem ama com certeza, aguarda, espera... Somente esta esperança não deserta...
47
Ouvindo bem distante, um canto breve Trazido pelo vento. A voz suave Que vence a solidão enfim se atreve E impede que o vazio e a dor se agrave
Como fosse um milagre tu chegas E mostras num sorriso o manso alento, Um andarilho tolo andando às cegas Persegue tresloucado a voz e o vento.
Desertos do passado? Nunca mais... A vida se promete mais feliz. Dos dias repetidos, sempre iguais Terei o que sonhei, o que mais quis...
Porém sem ter guarida e direção, Encontro tão somente, uma ilusão...
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Ouvindo a voz do vento na janela, Chamando por meu nome eu adivinho Que a moça mais bonita me revela O amor que me inebria, doce vinho.
Entoa o coração, tal cantinela E trama noites plenas em carinho, Corcel das emoções, amores sela Sabendo desde sempre este caminho
Que possa me levar ao teu desejo, Que é tudo o que mais quero. Assim prevejo Um tempo de alegria, finalmente.
Depois de ter somente escuridão, Eu sinto ter chegado,enfim verão Nos braços deste amor, deveras quente...
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- Ouvindo a tua voz quando me chamas, Qual fosse um chamamento angelical, Neste calor imenso, imerso em chamas, No fogo tão profano e sensual. Deitando meu amor em tuas tramas, Teu canto demoníaco, irreal....
Incoercíveis sonhos constelares, Trazendo uma emoção em fanatismo, No quanto desejei os teus luares Mergulho sem temores teu abismo, E bebo tanto sal em fundos mares Do amor que traz carinho em traumatismo.
Teu corpo, um horizonte raro e vasto Do amor que pretendia, impuro e casto...
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Ouvindo a tua voz inda distante O coração dispara e num segundo, Vagando pelo espaço gira mundo Percebe a silhueta provocante
Dos sonhos, o melhor representante Amor que sendo algoz é mais profundo, Outrora sem juízo e vagabundo Rendido aos teus apelos neste instante.
O teu perfume sobre a penteadeira, Entregue ao teu amor por mais que eu queira Não tenho mais saída, estou cativo.
Olhando docemente, de soslaio, A deusa percebendo o seu lacaio, Sabe que sem o amor, não sobrevivo. Marcos Loures
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Ouvindo “Cata-vento e girassol” Na voz da Leila, penso que pra nós O amor nos preparou diversos nós Atados pelo fogo do arrebol.
Aldir em seu poema mostra o sol Que ao mesmo tempo adorna e logo após Entorna-se dolente, um duro algoz No espelho em que mergulho, um caracol.
Reflexos tão diversos, porém unos, Bemóis e sustenidos, sol e lua, Verdes, vermelhos sonhos sem coturnos
Na voz tão libertária, prisioneiros. Porém quando desnuda se insinua Antagônicos; somos mais inteiros...
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Ouvia, a cada dia que passava, Nas praças o cantar de um passarinho; Um canto meio triste que encantava, Mas ninguém respondia, tão sozinho...
Repetia o seu canto sem parar, Como se esperasse uma resposta. Uma tarde, outra tarde... Seu cantar Mostrava uma tristeza, assim, exposta...
Depois de certo tempo. Que surpresa! O canto foi mudando, embelezou. Envolto em perfeição, delicadeza; E doce melodia, se tornou...
Ao ver o passarinho; pressenti, Tua presença amada: estás aqui!
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Outrora houve Fernando, o Poliglota Fala como ninguém sabe ou entende. Muito pelo contrário, pois depende, Se quem houve é gênio ou idiota.
Fernandinho, fortão, moço cocota, Com o saco tão roxo que assim pende, Guardado na cueca compra e vende Sempre querendo um Elba além da cota.
Incrível que pareça, o analfabeto, Por ser talvez mais franco e até direto, Conquista este povão que só trabalha,
Enquanto a Fernandada boquiaberta Não sabe e nem escuta o vago alerta De quem fuma um cigarro, dos de palha...
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Outrora havia um tolo preconceito Contra a mulher que é mãe mesmo solteira, Um fato corriqueiro e agora aceito, Não sendo mais tão útil tal bandeira.
Ministro da Saúde, candidato À presidência, estúpido e venal, Querendo demonstrar ser desacato A gravidez da artista, até boçal,
Ouvindo uma verdade por resposta, “Eu tenho grana para sustentar! Saúde no Brasil anda uma bosta, Melhor é pôr as coisas no lugar.”
Ao rei do ministério, cabra macho, Restou somente a cara feita em tacho...
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Outro ano completado né querida? A festa se espalhando pela casa Toda a família enfim, vai reunida, No canto em que saúda e se compraza.
Tu sabes do presente desta vida Em gestos e carinhos, tudo abrasa; Mostrando para a dor, melhor saída, Que a vida não se perde e nem se atrasa.
O tempo nunca pára de passar, Mas vivo, o teu sorriso, nos alenta. Por isso tanto amor comemorar
Marcando na folhinha, calendário, A data que com festa se apresenta: Um dia tão feliz: aniversário!
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Outonos e dezembros vão passando E somos delicados sonhadores Que vivem neste amor, o sonho brando Dos olhos tão divinos, tentadores...
Distantes esperanças nos tocando E em vivas emoções, mil furores, Aos poucos sem limites entregando A vida em tantos beijos sedutores...
Voar além do mar, além da vida, Em todos os caminhos para o sol. Te quero, com certeza, meu farol.
Da forma mais feliz e mais sentida, Sem medo de que a tarde não mais venha. Amor além do amor, nada detenha...
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Outono vem pintando em tantas cores O céu do fim do dia, folhas, chão... O vento me falando dos amores, Entrego-me aos teus braços... sedução...
Eu quero te sentir nos tentadores Desejos... cheiro... pele...mar, paixão. Irei seguir teus passos onde fores Imerso nos teus braços. Emoção!
Poder sentir bem perto o teu carinho Tomando tuas mãos junto comigo. O dia vai passando de mansinho
As folhas vão caindo com o vento, Em ti encontro o cais, tão doce abrigo. Teu gosto não me sai do pensamento...
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Ousei chamar soneto o que escrevi Em métrica por vezes maltratada Na curva da ilusão eu me perdi Somando minha vida, restou nada...
Se estrela não revela, estou aqui Profano de mim mesmo, alma gripada Falando da vazia caminhada Que chega sem dar tréguas sempre a ti.
Quem fala que sou lobo desconhece Que amor vai se mostrando como prece Fazendo da oração freqüente mote
Eu gosto de carinho, nunca nego, Prefiro tua luz que seguir cego, Gostoso este beijinho no cangote! Marcos Loures
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Ousar é libertar o pensamento Fugindo das amarras tão boçais Os versos que se fazem sensuais Surgindo mansamente num momento.
Se às vezes teu juízo cismo e atento Eu quero ter palavras magistrais Que nascem dos amores, são portais Abertos pelo amor entregue ao vento.
O sexo nunca foi nenhum pecado, O gozo que deveras almejado Jamais emporcalhou a poesia.
A falta de pudor se vê nas ruas, Nas venda das crianças semi-nuas E no Congresso, o rei da putaria!
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Ousando, o pensamento rompe a grade, Liberto da crisálida alça vôo E quando dos espaços eu destôo A fúria das procelas vem e invade...
Falena que procura a claridade E nela se inebria; eu já me dôo E os erros e pecados; não perdôo, Não suporto o vazio que me enfade.
E quando, ensimesmado, se falseio, Revivo este temor, e com receio Mergulho na gaiola de onde vim.
E sorumbático; sombrio, eu vejo As garras afiadas do desejo Cravadas firmemente dentro em mim...
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Ousando ter amor por quem temia, Sabendo ser feliz quem não se engana. Da noite que promete ser mais fria, Eu quero essa doçura, mel e cana...
Bastiões e fortalezas me protejam Das ondas destes mares mais atrozes. Amores e saudades se pelejam Escuto, neste escuro, loucas vozes...
E tento me esconder deste tormento Que invento, sentimento mais perfeito. Não quero tomar tento, sofrimento, Meu peito, deste jeito, satisfeito...
Meus olhos se entregando ao sol, perdidos, Jamais se encontrarão arrependidos...
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Ousando te querer além de tudo, Sentir o teu perfume, ser inteiro Vem logo sem pudores que eu ajudo O amor se consagrando um feiticeiro
Não deixa um coração prosseguir mudo, Por entre tais defesas se eu me esgueiro Enquanto me desnudas te desnudo Nos jogos que tu jogas, sou parceiro.
Amor é natural, não tenhas medo, Se em meio às fantasias eu me enredo Não tendo mais segredos, vem comigo.
Entregue-se ao desejo, simplesmente Que tudo segue assim, naturalmente, De mãos unidas, junto a ti, prossigo... Marcos Loures
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Ousando te dizer quanto te quero, Deslinda-se a manhã em raro sol. Beleza sem igual toma o arrebol, E o amor já se mostrando em tanto esmero.
Nos raios que nos douram; o reflexo Dos olhos da mulher que eu sempre quis, E sei que, finalmente sou feliz, A vida agora tem caminho e nexo.
Ouvindo uma sanfona, melodias, Falando do sertão, rosas e luas, O coração se entrega a tais folias
E a estrela matinal toma a paisagem Minha alma enquanto nua, tu flutuas, Permite-me tocar esta miragem...
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Ourives do vazio, não me resta Senão estes senões que ora me trazes, Rompendo do infinito; velhas gazes, Uma alma apodrecida já me infesta.
A sorte se mostrando assim funesta, A vida destruindo frágeis bases, Outrora pensamentos mais audazes Perderam qualquer rumo em tal floresta
Gestasse uma esperança, pelo menos, Quem sabe os dias fossem mais serenos, Pudesse respirar com placidez
Porém antigos totens derrubados, Amores não romperam alambrados, E a noite tão escura então se fez...
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Ourives da palavra lavra o sonho E torna diamantina esta esperança Que enquanto em profusão já nada alcança Fazendo da colheita, o que componho.
Um feto de alegria é ser medonho Enquanto a moça guarda na lembrança Promessa que se quebra, de aliança A gente faz das tripas ar bisonho.
Bisando cada andaço de emoção O templo não traz outra solução Senão esse soluço que inda cisma.
O amor inoxidável não existe, Poeta pra ser bom tem que ser triste A vida se confirma em nova crisma Marcos Loures
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Ourives da ilusão, o imenso afeto Agigantando um passo tão miúdo Deixando o coração deveras mudo, Tornado sem limites, predileto.
Quisera ter um fato mais concreto, Pois; velho marinheiro; eu não me iludo, Usando por defesa, como escudo Jamais na fantasia, me arremeto.
Mas sei que talvez tenha alguma chance Quem tanto mergulhou em mar bravio, Por mais que uma esperança inda me alcance
Sobejas ventanias do passado, Do inverno interminável, duro e frio, Um temporão estio anunciado...
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Ourives da esperança em sonho augusto Amor se faz em lúdico garimpo. Quem ama sabe ser, decerto, justo Pois tem um coração deveras limpo.
Uma alma diamantina se eterniza Ao crer nas diluências da emoção. Porém uma alma cínica graniza E forma em elo inóspito um senão.
Espadas adentrando as armaduras Que usamos como forma de defesa, Nas mãos de quem propaga amor, ternuras, Impelem para longe da tristeza.
Expressando palavra e sentimento Auguro meu futuro em calmo vento...
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Ouço, distantes, belos violinos... Seus sons invadem toda minha vida.. Recordando meus velhos tempos... Hinos Cantados por suaves vozes... Lida
Diária em busca de límpidos destinos. A morte não deixou de ser sentida Companheira fiel, meus desatinos... Vida longa, arrastando a mão perdida...
Quem dera, violino, não parasses... As cordas que traduzem fantasias. Casas iluminadas, meus disfarces
Se escondem nas esquinas e nos dias... Meu amor, por favor, nossos enlaces Se repetem ao som das melodias...
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Ouço vozes distantes, do passado; Selando minha sorte no futuro. Dos dias entre bares, um traçado Exposto na miséria do chão duro.
Humores e desejos mal tocados No beco da saudade; vago, escuro. Às vezes me mostrando tanto enfado Como um nada, mas mesmo assim procuro
Os rastros do que fui e já perdi O cheiro da alegria, antigos odres Lotados de vinagre. Estou aqui
Ouvindo tantas vozes. Na verdade Mesmo com estes restos, mortos, podres, Ao ouvir esta voz, sinto saudade....
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Ouçamos a voz mansa da amizade Clamando por um sonho mais liberto Trazendo em pleno amor, fraternidade Mostrando este caminho sempre certo.
Deitando sobre todos claramente A paz na qual se deve prosseguir. É necessário sempre que se tente, Não podemos, amiga, desistir.
Atrás de um sonho imenso de justiça Lutemos sem descanso vida afora, Humanidade imersa na cobiça Em lágrimas e sangue se decora.
Olhando para frente inda acredito Num canto libertário e mais bonito... Marcos Loures
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Ostento em minhas mãos a reluzente Espada da esperança redentora, Delírios que carrego em minha mente Na dor que penetrante, vem e aflora.
Encontro-me à deriva, naufragando Nos ermos da ilusão, velha parceira. As emoções partindo em louco bando, A vida preparando esta rasteira
Tropeços comumente disfarçados Nos olhos femininos e gentis. Momentos de prazer são relembrados Dizendo: falsamente; fui feliz.
Esgoto minhas forças; vou sem rumo. Porém os meus engodos; os assumo.
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Osculo tua boca em avidez E no teu corpo faço arribação. Tomado por total insensatez Recebo cada fruto da paixão.
Amor que nos tocou, primeira vez Num dia caloroso de verão Não permitindo tanto uma altivez É feito em plena luz, em emoção.
Nós somos passageiros deste encanto Que leva-nos decerto ao paraíso. Por isso eu te desejo tanto, tanto...
E deste amor querida, mais preciso, Eu faço em cada verso o meu louvor À magnitude plena deste amor... Marcos Loures
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Dear Friend, Pls i want you to read this letter very carefully and i must apologize for bringing this message into your mail box without any formal introduction due to the urgency and confidential of this issue and i know that this message will come to you as a surprise, our customer a crude oil dealer MR.HUS BEN AN AMERICAN who was with the Iraqi oil industries and also an oil supplier to republic of Burkina Faso made a numbered fixed deposit for18 calendar months, with a value of Ten million United State Dollars(US$10m dollars) in our bank, Upon maturity several notices was sent to him, even during the war which began in 2003. Again after the war another notification was sent and still no response came from him. We later find out that the oil dealer MR HUS BEN along with his wife and only daughter had been killed during the war in a bomb blast that hit their home. You can read more about the bombings on visiting these sites below: http://www.ccmep.org/usbombingwatch/2003.htm#3/19/03 After further investigation it was also discovered that MR.HUS BEN did not declare any next of kin in his official papers including the paperwork of his bank deposit, And he also confided in me the last time he was at my office that no one except me knew of his deposit in our bank So I need your urgent assistance in transferring the sum of (US$10m dollars millions usd into your bank account within 7working banking days, What bothers me most is that according to the laws of country A burkinabe cannot come out and claim this fund and I don't want the money to go into our Bank treasure as an abandoned fund, So this is the reason why i contacted you so that our bank will release this money to you as the next of kin to the deceased customer, Please I would like you to keep this proposal as a top secret and delete it if you are not interesting, Upon the receipt of your reply and indication of your capability, i will give you full details on how the business will be executed and also note that you will have 35% of the above mentioned sum if you agree to handle this business with me while 55% will be for me and 10% for any expenses that may arise on the process, And remember i don't want anyone here in our bank to know my involvement until you confirm this fund into your account and ask me to come over for the sharing as indicated, Then after i and my colleagues will visit your contry for disbursement acconding to the percentage indicated, Therefore to enable the immediate transfer of this fund to you as arranged, you must apply first to the bank as the next of kin of the deceased, Please, dont entertain any atom of fear because the transaction is 100% risk free. Note that, to be relation with the deceased or not will not impose or prevent you to claim the money, The fact is that whatever information we will present to the bank should be accurate. Rests assured that I will provide all the necessary information which the bank may require from you during the process to make sure everything goes well and fast. Referring to the above explanations, await your urgent response,and fill those question below to enable us proceed this business
Your Full Name............................ Your Sex................................. Your Country.............................. Marital Status...................... Your Occupation.......................... Your Personal Mobile Number.................... Your Personal Fax Number...................... To enable me locate you once i come over to your country immediately you confirm this US$10m dollars usd, into your nominated bank account, As soon as i receive your postive respond i will send you the text of application which you will use to apply in my bank as next of kin. Thanks Mr Mamuda Bello. B.O.A (Bank Of Africa)
Os vírus vêm de forma caprichosa E tentam penetrar no meu PC. O olhar feito idiota ainda lê Espinho disfarçando-se de rosa
Abusos encontrando rebordosa Não sou sequer gaúcho, mas Bah! Tchê! Mais fácil encontrar teu ponto Gê Do que saber de gente tão gulosa.
Um homem que me atende por Mamuda, É coisa horripilante com certeza, Eu preciso aprender geografia
Que tudo num instante a gente muda E morre se enfrentar a correnteza Sem fazer a tal mamografia...
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Os vinhos, as champanhas, os motéis. As festas dos desejos incontidos... As trocas, os carinhos, lábios, méis, Sussurros entremeiam os gemidos, As noites embaladas por corcéis Que voam na lembrança, nos sentidos...
O rumo se perdendo ao se encontrar Nudez, seios e peles se entrelaçam. Estrelas radiantes, o luar... A vida carregou, bem sei que passam Sozinho; vou buscando noutro bar, Imagens me confundem, se esfumaçam...
Amores que se foram... Eu fiquei... Em que parte da vida, amor, errei?
Marcos Loures
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Os véus que te cobriam, alvas neves, Em sonho imaculado de grinaldas. Além do que desejas não atreves Amores eu bem sei já não desfraldas, Nos olhos maculados me descreves As noites que passaste em doces caldas...
Guardando para si tais dissabores Das chamas que envolveram teu passado, Refletes noutras camas, despudores Fingindo num sorriso disfarçado, Trazendo nos teus dentes puras flores Magias de loucuras e pecado.
Te sinto estremecer logo ao me ver, Resquícios deste tempo de prazer...
Marcos Loures
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Os versos que te dou são desvarios, Malditas as palavras, tão obscuras. Por mais que em fantasias me depuras, Meus olhos permanecem vãos, sombrios...
Algum dia, talvez, eras futuras Eu possa destilar em lagos, rios Brandura que negando os ares frios Espalhe em minha volta, enfim, ternuras...
Ao afrontar o espelho, perco o rumo. Grilhões do meu passado, vida fátua... Na brônzea magnitude de uma estátua
Devorando os meus passos, não me aprumo. Quem sabe o teu amor libertará E o verso finalmente, sorrirá... Marcos Loures
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Os versos em que nego fingimento, Compostos em palavras mais sinceras. Espero que não sejam como o vento Nem como um sentimento solto às feras.
Eu quero meu amor por ti, sentido, Com a doce certeza que contém. Não deixe que me leve o triste olvido, Impeça que te venha o vil desdém.
Eu quero nosso amor pleno em ternura, Sabendo-se real contentamento. Imerso em tal beleza e em brandura, Vivendo sem sequer um sofrimento...
Eu quero o vivo amor que não desfaz, Trazendo em tempestades, toda a paz...
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Os vermes que se esbaldam num banquete Terríveis comensais de uma esperança. O povo não passando de joguete Não sabe discernir nesta festança
Dos risos das canalhas, do foguete Lambendo as suas carnes, fina lança Rasgando em fantasias, se repete Enchendo desta corja a grande pança.
Os tiros desferidos nas favelas, Os risos dos abutres e das gralhas, Governos apertando tais fivelas
Matando em asfixia insuportável, Nos gozos, meus esgotos, nas bandalhas O gosto deste amor tão memorável...
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Os ventos que prometem boas novas Chegaram, mas foi tarde, nada resta. Da morte que em verdade agora provas O incêndio dominou toda a floresta.
O mar que poluímos, sem anchovas, Nos olhos, o brilhar da Fera-Besta, Serpentes derramando em suas ovas, O fim que; atordoante, tudo gesta.
Girando em carrossel, meu pensamento, Sabendo do fatal pressentimento, Procura, inutilmente, algum aval.
Do imenso precipício dos meus sonhos, Mergulhos nos abismos mais medonhos, Apenas, nos cobrindo, mármore e cal...
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Os ventos em diversas direções Redemoinho grave que nos toma, No trama inaplacável das paixões Percebo esta razão entrando em coma.
Numa explosão em fogo, ilimitada, Incêndios indomáveis no meu peito, Depois de cada curva, a derrocada O tempo sorridente e contrafeito.
Afeito a tais loucuras, sonhador, Não temo os resultados deste jogo, Coloco sem juízo e sem rancor As mãos neste temido, imenso fogo.
Embora chamuscado tanta vez, Não quero e nem suporto a sensatez... Marcos Loures
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Os ventos doravante serão fracos, Chamando por teu nome na janela, Do amor somente restam estes cacos Que a solidão vadia me revela.
Amargo a fantasia de ter tido O amor que vaga insano noutra trilha. Jogado em algum canto, diz olvido O peso arrebentando esta forquilha
Aonde tantas vezes debrucei Vontades e desejos, tudo inútil. Um viandante busca em outra grei Encontra este vazio em solo fútil.
Quem sabe no final num desengano, Tu venhas noutra esfera, em outro plano...
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Os ventos da amizade me levavam Ao sonho mais sublime que persigo, Caminhos benfazejos encontravam, Distantes da maldade e do perigo. Os dias mais felizes já passavam, Sabendo que encontrei, enfim, abrigo.
O mundo se transforma e sem perdão, A dor em taça fina se oferece, Penetra dardejando, o coração, Tristeza sem igual, peito padece, Uma amizade imensa é solução, Tramando uma alegria feita em prece.
A mão que com carinho já cuidava, Impede uma explosão da dor em lava...
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Os velhos mercenários vão mudando Esquemas em seqüência, nas seqüelas Dos pobres infelizes, retomando As fúrias gigantescas, fartas velas.
De todas as misérias usurpando Vendendo o bom Judeu em ricas telas, Nas tetas destas cruzes vão mamando, Nas águas e na areia, sempre “belas”.
Hipócritas vestidos de saiote Barbado na barbárie viciado. Casando até burguês divorciado,
Até no pobre Cristo dando o bote. Amiga não se engane, é o diabo, Debaixo do saiote, esconde o rabo...
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Os velhos comensais deste banquete, Carnívoras espécies que se lambem, A vida se refaz e se repete Bem antes que os enredos já descambem.
Eviscerados sonhos, nada deixam, Senão este vazio que cultivo, As almas dos dementes não se queixam E o estúpido poeta segue altivo.
O ser humano, marionete frágil, Nas redes de mentiras e de sonhos. Condena-se ao pior, tolo, naufrágio, Afunda-se nos mares mais medonhos
E vaga sobre o esterco da esperança, Enquanto a morte em riste vem e avança...
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Os uivos das saudades em matilha Adentram minha casa invadem quarto Mesmo que eu tente, deles não me aparto Entranham cada cômodo ou mobília.
A noite preparando uma armadilha, Deixando quem amou decerto farto, Refaz em agonia, antigo parto Um fugitivo busca nova trilha...
Cansado de viver tanta tristeza, Distante de uma fera nego a presa, Apenas vou tentando sem adeus
Amor que seja leve e companheiro, Sabendo deste sonho, por inteiro: Não quero ser vassalo nem ser deus! Marcos Loures
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Os teus olhos, querida, são faróis Que mostram meus caminhos pelo mar Passando por corais e por atóis, Em busca da certeza de te amar...
São negros, verdes, puros tão azuis, Castanhos... Não importa qual matiz. O brilho que em teus olhos se produz É que clareia a vida e faz feliz...
São mansas claridades que em minha alma Brincando vão sorrindo em alegria, A dor que tanto veio, já se acalma, No lume que este olhar, belo, irradia...
São fontes de total inspiração, Tirando o meu amor da escuridão...
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Os teus olhos tão profundos Nessa noite, meu luar... Depois de vagar mil mundos Tanta beleza encontrar!
Nos meus sonhos de amores, Nas esperanças de amor; Esquecendo tantas flores, Encontrei a magna flor.
Tens o gosto que procuro, A maciez que sonhei. Tanto amor assim, eu juro; Nesta vida, não pensei...
Neste amor que sempre quis, Certeza de ser feliz!
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Os teus olhos querida, maravilham Transportam pensamento para o céu. Montado nos teus olhos, qual corcel, Os rumos do infinito, já se trilham...
Querendo em teu olhar, a liberdade, As asas dos teus olhos, na amplidão Podendo conhecer felicidade É tudo o que comanda o coração.
Nos olhos tão felizes, sensuais, O vôo sobre as terras do querer. Pressinto, minha amada que jamais As dores nessa vida volto a ter.
Eu vejo enfim, brilhando neste astral, A dona desse olhar angelical!
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Os teus olhos pesando sobre os meus Mostrando como a dor nos corta tanto. Ao ver, cruel espelho, já me espanto E vejo quanto dói o mal do adeus.
A face se revela sem disfarces E mostra cada dia que passei, Quais mundos e quimeras onde errei, Amores e tristezas moldam faces.
Mas vejo, neste espelho, um novo brilho Que nunca em minha vida, reparara. A luz que se emanando, de tão rara
Em bela cicatriz, me maravilho. A força deste espelho, uma magia: A pérola que traz sabedoria... Marcos Loures
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Os teus olhos hipnóticos de cobra Levando à fúria meus sentidos todos, Na tempestade em pleno mar soçobra Vitimizado sentimento, engodos...
Quem se perdeu a direção recobra Embora enfrente os mais temíveis lodos O que mais quero, a placidez desdobra Tramando a paz em maviosos modos
Por vezes só, mas não serei sozinho Tendo a certeza de ancorar meu ninho Nos mansos braços companheiros meus.
Não quero inglória sensação de adeus Nem mesmo o frio voltará, pois vivo Amor tão pleno e sei jamais cativo. Marcos Loures
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Os teus lábios, sedentos, sensuais, Buscando, nos meus lábios, contraponto, As línguas já procuram céus, astrais, Deixando-me mais leve e quase tonto. Querendo descobrir cada vez mais Os tão doces delírios que eu apronto Nos festins delicados e fatais Das estrelas que tento e jamais conto... Carinhos se procuram; sonhadores Canteiros inundados pelas flores Tão belas quão morena riso e graça, Que passa e que entontece um trovador No beijo que um futuro bom já traça, Imerso em mil desejos, nosso amor...
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Os teus cabelos, negros caracóis Descendo por teus ombros, contrastando Com olhos faiscantes, dois faróis A pele alabastrina decorando.
Estrelas derramadas, belos sóis, O vento te tocando, manso e brando, Beleza sem igual nos arrebóis Paisagem deslumbrante me encantando.
Melenas tão sublimes cobrem seios, Deixando o colo à mostra, sensual. Do vento o coração em temporal
Movendo com teus braços, teus meneios. Guardando dentro em mim a rara imagem, Crivada em diamantes... É miragem? Marcos Loures
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Os teus braços; lívidos, abriste Sinistra sensação de morte e dor. Imagem soberana amarga e triste, Negando cordilheiras ao condor.
Porquanto a solidão ainda insiste Não tendo quase nada a me propor Senão esta impressão que inda resiste De um dia assim disperso e sem calor.
Na gélida emoção que tu derramas Tentando demonstrar antigas chamas, Eu vejo o meu futuro mais disperso.
Não posso caminhar sem tal tropeço, Porém algum respeito que te peço Tornou-se uma razão para o meu verso... Marcos Loures
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Os tantos espinhentos cardos tive Durante a minha amarga e dura vida, Deixando como herança a distraída Manhã que enlouquecida, sobrevive.
Do níveo alvorecer por onde estive Não guardo mais lembranças, já perdida A estrada que julguei em paz cumprida, Mas morre sem remédio, é luz que prive
Do olhar o sol imenso que não veio, O tempo transtornado em tal anseio Não deixa mais resquícios de esperança.
Mas quando; encantos vários, vejo em ti Percebo que deveras conheci Uma senda assaz flórea, clara e mansa...
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Os sons desta alvorada em minha vida Refletem mansidão que sempre quis A vida se transforma em seu matiz E traz essa esperança adormecida...
Mentiras e verdades, despedida Sempre traz, não se escreve o que se diz. Porém quando no mundo for feliz Não deixe que a saudade dolorida
Traga o gosto feroz desta vingança. Não derretas o resto da aliança; Apenas reconstruas tua estrada.
Simone, uma princesa que é tão cara, A treva em tua vida já se aclara. Apenas vem surgida a madrugada! Marcos Loures
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Os sonhos, liberdade, sempre alcançam Porém em olhos tristes, servidão. Mirando noutro rumo ou direção Os pés mais solitários não avançam.
Numa ilusão meus versos vis se lançam Repetem sempre este terrível não; Causam naufrágio. Buscarei então Refúgio. Cegos, os meus passos cansam...
Estupidez espalhará vazios Da negação eu não verei estios, Simples saudade o meu olhar pressente.
O que farei se continuo só? Como irei desatar o antigo nó Se toda essa tristeza é inerente.
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Os sonhos que refazem meus desejos, Lembrando de um menino e seus anseios, Palpita uma emoção, mansos enleios, A música constante, harpas, arpejos...
A noite iluminada em relampejos, Eu busco a proteção, maternos seios, Deixando bem distantes meus receios... Visões maravilhosas negam pejos...
Sentir tua presença, firmes rumos, De uma alegria imensa, doces sumos. Minha alma enternecida, embriagada...
Acalmam meus sentidos, minhas ânsias Recebo de teu corpo tais fragrâncias Que fazem minha vida bem amada...
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Os sonhos em minha alma coligados Parecem que não tramam mais a morte Vivendo desses sonhos bem amados, A vida se transcorre em plena sorte.
Não posso mais sentir tantas saudades Do tempo que vivi, sem ter ninguém, As horas se viver felicidades Estão por certo ao lado desse alguém
Que veio como um raio de alegria, Tramando tantas luzes sempre ungidas Nos templos deste amor, em harmonia, Tomando totalmente nossas vidas.
Amor que não faz sombra se revela Reflete minha luz no brilho dela...
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Os sóis que te trouxeram, num eclipse, Desfazem-se, escurecem o meu céu... Amor que trapezista cria elipse, Nas cordas violinos dum bordel...
Quem fora destes sonhos um artífice, Não pode conceber o nosso anel, Amor dilacerando é um partícipe Da festa que embalamos, no papel...
Tais dias, testemunhas arranjamos... Forjamos espetáculos sem nexo... Logo, logo de farsas ultrajamos
Quem julgara sentir felicidade No final disso tudo, sem complexo, Sabe que não restou sequer saudade... Marcos Loures
12200
Os sóis que nos recobrem, bons luzeiros Atravessando espaços, rebrilhando. Na glória que estampaste em teus loureiros De terna magnitude vão dourando
Os dias que se foram, altaneiros, Num mágico carinho desde quando Amores se fizeram mais guerreiros Em nossos corpos fogo irradiando.
Além do que já fomos, esperamos O dia que virá em plena glória. Não temos neste amor: cativos, amos,
Amar por si já mostra uma vitória E nele, com prazeres demonstramos A vida em maviosa trajetória... Marcos Loures
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