
Rima do vento errante
Data 26/12/2010 01:42:42 | Tópico: Poemas
| Do vento que me és passado em nada te esqueço por mim. Mel que verte chorado saudades em doce de ti. Avenida de mão apertada, cabelo de ouro e de rio Lágrima de onda salgada, oceano distante de frio. Dos corpos ora apartados, houve simbiose gentil… Afecto de olhos somados, multiplicados desvelos por mil. Da mão invisível partida, manobra viajante de cais Procuro teu sonho na avenida, pinto teu rosto em murais. Digam-me então se souberem, desses jeitos que eram tão meus… Que partiram qual quimeras de inverno, amor-perfeito em adeus. Gelo chuva nos olhos, esmolo ao presente desfeito… Dias em tua memória que te guardo dentro do peito. Ainda que não voltes mais á cama dos nossos segredos Ficarei sentado no cais desenhando esperança nos dedos. E podem o sol e a lua dizer-me teu adeus em dor… Para mim és fragata, falua, eterna cantiga de amor.
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