
O último poema
Data 27/12/2010 11:30:40 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Quando o Inverno se deitar no meu leito e as flores cantarem aromas pelos jardins em rosmaninho, o som da minha voz for o silêncio das minhas palavras largadas pelas folhas velhas de papel…
Procurai pelos cantos mudos da casa os pedaços timbrados das minhas emoções, nelas podereis tocar tudo o que fui, a vida que vivi os sonhos que levantei toda a ilusão que nunca contei…
Não tenteis buscar os meus momentos encontrem somente o vosso timbre o sentir para lá da voz do poeta, se assim as fixares é porque também em vós existe razão…sonhos e tempos cobertos de luz!
Deixo-vos os meus traços sem tempo em vagas horas com eles fazei morada para todos, assim a minha paz será perpetuada nas brisas primaveris.
Porque no tempo sois vós o perpetuar da minha vida da razão que sempre moveu todas as minhas entranhas um toque para lá dos corpos vestidos da essência materna que a minha alma proclama no som do olhar…
Será esta a verdade pela qual sempre vivi, aquela que em vós aprendi a única palavra que alcança o universo palpável o amor que colhi do vosso mundo!
Se algumas vezes vós transmiti silêncio foi para que pudessem escutar os ruídos do mundo, nele aprendessem a voar com as vossas frágeis asas!
para os meus filhos Cátia e Edgar
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