
Desabafo
Data 25/11/2010 22:46:53 | Tópico: Poemas
| Vou considerar que és um vulto. Uma Sombra. Vou considerar que persegues, mas não me tocas. E vamos a passos lentos para longe. E vamos os dois para caminhos opostos. Somos dois pólos. Somos dois ''eu''s. Eu queimo o frio ao pensar em ti. Fico sem palavra, perto de ti. Eu não devia fazer isto. Não devia escrever isto. Mas eu sou Louco e sem Censura. Por mim, andariam homens com homens, mulheres com mulheres, homens com mulheres. Padres pregando as interpretações de uma matéria, de um livro escrito por homens, com a palavra de Deus? Guerras santas? Quando é que uma guerra pode ser santa e pacífica, quando são martirizadas milhares pessoas, homens, mulheres, crianças e idosos. Que vergonha! Que vergonha que eu tenho da minha própria raça! Que leva sem pedir. Que grita sem conseguir... Aqui falo da realidade! Aqui ninguém é alguém. Somos todos ninguém. Eu sou Louco!!! Somos Todos! E? Há liberdade, ou deveria haver. Calem-se os Tabus, a conservação de algo mal contado. Nasci livre e exijo morrer livre. Não existem leis. Não existem pecados, nem mandamentos, nem complexidades. Já dizia Amália que ser-se simples é ser-se complicado, e quão simples são vós! Eu canto o que quiser! Eu digo o que quiser! E digo que te Amo!!! Eu digo que Basta!!! E eu grito que se Calem!!! Parem!!!! Calem os murmúrios, os burburinhos, os cochichares, as fofocas! Isto é um desabafo! Como todos os outros! E não julguem que a poesia é rendida a regras! Nós, escritores, poetas! É que escolhemos se usamos virgula ou ponto. Se prezamos um ou cinquenta versos!! Catorze estrofes em uma!!! Estou farto de criticar, porque também me critico!!! Ninguém é prefeito!!! Errai e vivei!! Que a vida só são dois dias e para a maioria faltam apenas horas. Até ao fim!!
|
|