
Infinitas Finitudes...
Data 24/11/2010 23:31:44 | Tópico: Poemas
| Infinitas Finitudes...
Quando a porta do Amor abriu-se para mim A luz entrou e eu me agarrei a esta luz Para poder existir além dela Um Amor que me fez gigante Diante da pequenez de meu universo real
Alimentei minha alma com os fios desse Amor Tecendo meu próprio universo de sonhos Sentado nos limites desse universo me pus a dormir Até que o sol da razão me acordou Com sua habitual e gentil selvageria
A eternidade do Amor é tão frugal, efêmera A sensação do gozo ampliada num continuum infinito Vive apenas dentro do coração apaixonado Um imenso círculo de infinitas finitudes Onde todo eterno é do tamanho de seu tempo
Senti a paixão e o Amor se extinguirem pouco a pouco Por quantas vezes estendi as mãos Na vã tentativa de parar o relógio, estancar o tempo O coração entre o batente e a porta Pobre coração! Foi esmagado pela força do inevitável
Quando a porta da Dor abriu-se para mim As trevas entraram e eu me agarrei a esta escuridão E passei a existir apenas para ela Uma Dor que me fez escravo Diante da pequenez de meu universo real
A eternidade da Dor é tão frugal, efêmera A sensação do sofrer é ampliada num continuum infinito Vive apenas dentro de um coração desesperançado Um imenso círculo de infinitas finitudes Onde todo eterno é do tamanho de seu tempo
(AlexSimas)
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