
Banais cercados
Data 29/08/2007 17:45:06 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Quando o vento criou os nadas A esperança vadia permaneceu quieta E por ser um ser retive lágrimas açudadas Que no embalo das confianças baforadas Foram também em mim uma bonina inquieta
Vasculhei-me no rígido dos desmandos Temendo o que a desculpa não brota; Tal como as vagens vadias que os brandos Homens valentes no anónimo dos miserandos Quiseram vingar e crer sem derrota
Valentes e amotinados sublevaram supondo Que repugnando maleitas vulgares aos poderosos Convertiam ímpios fingidos no hediondo Das covas que os encobriram, dispondo O cru que a vida deu aos temerosos
Foi assim que bichanei termos e exortações No vulgar alcançado pelos esforçados Quando mensagens à usura são amputações À leviandade das doutrinas e das citações Que fizeram de muitos homens banais cercados
Diligente, ouso-me agora frente às cadeias de palavras Como manifesto aos pressentimentos que redigiram As gentes que gotejaram felizes em suas deslavras O que não ousaram conseguir nas dóceis lavras O que a vida consagrou e na morte possuíram
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