
Mãe
Data 27/08/2007 10:36:14 | Tópico: Poemas -> Paixão
| Mãe, eu quis impedir-me de nascer, Eu quis morrer em ti. Não fui digno do teu ventre, Mas tu salvaste-me, mãe! Porquê? Tanta persistência...
E o sofrimento que te impus? Compassivamente eram-te bênçãos Pois fui o fruto do puro amor Na concepção, e sei-o!
Mãe, eu adormeci e quando acordei Era quase tarde demais, Mas eu segurei-me, bem agarrado Para não sair, para não resistir.
Pai, falo também de ti, Olha acima a palavra concepção, O amor não foi só de um. Tanto e perdeu-se antes do parto. (Como?)
Mãe, eu sou a tua jóia, aos teus olhos, No entanto eu brilho do brilho dos teus Porque eu nunca brilhei tanto e agora parei. E sentes-me digno de todo esse amor...
Mãe, tanto que queria dar-te e não consigo. Fico numa margem remota do retorno que merecias. Mas tu, sentes esse ínfimo como infinito. Porquê mãe?
24/08/2007<br />P.S. - Incluí-o nos poemas de paixão por ser essa a forma como escrevi este poema.
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