
Na Morte de um Novo Amor
Data 30/10/2010 13:22:22 | Tópico: Poemas
| Espero agora que o tempo Depressa possa passar Eu quero que esse vento Ouça-me e possa parar
Em exílio fiquei Longe de ti, amor Do sim, já não sei E do não sou a favor
Sou poeta em prosa Sou verso inacabado Sou rebento de uma rosa Sou o irmão de um cardo
Sou tristeza em desespero Sou alegria infeliz Sou o azul sincero Esperando pelo vermelho que fiz
E o tempo não passa E a tristeza não se apaga E a caneta que me laça Tende a tornar-se em praga
Ai por te querer tanto O silêncio é a dor No choro do meu pranto Na morte de um novo amor
Na lágrima recôndita No medo de te dizer Essa verdade insólita De te querer e não poder
No momento de te dizer No futuro já passado No meu envelhecer No meu triste, triste fado
Amargura inquieta Paixão sem calor Por ti, mataria-me com uma seta Mas não espero por teu amor
Ó voz presa em pedra Ó fortuna da pobreza Ó mágoa da minha perda Perdi toda a certeza
Ó vento, vento pára Pára de tentar curar Essa ferida que não sara E o tempo a passar
Ó areias que me afogam Afogam a minha dor Pois por mim, já não choram Na morte de um novo amor
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