
É PRECISO BOM SENSO
Data 29/10/2010 17:54:39 | Tópico: Poemas -> Sociais
| Depois da imensa chuva e da trovoada, que inundou carros e estabelecimentos, o sol perpassa, por entre as nuvens, esgarçadas e rasgadas, pelo tormento, vindo do céu, ameaçando mais chuva.
O rio está triste e acinzentado, nas suas águas, que vão correndo fogosamente, para a sua foz, aonde os pescadores, não se fizeram ao mar, neste dia de bulício, sem condições propícias, para se navegar.
Para lá do horizonte, o azul, como que escurecendo, apregoa mais chuva, na tez fatídica do céu, e, nisto, as flores, vão-se fechando, preparando-se para receber as águas, que teimam em cair, de novo.
Sibila o vento com força, golpeando os telhados de zinco, arrancando árvores e despindo jardins, levando as finas flores, a quebrarem-se pela haste, numa tristeza sem fim nem glória, jazendo inertes no chão.
As águas correm livremente, com o lixo amontoado em bueiros, que sempre ficam sem limpeza, apesar das muitas promessas dos Municípios, que vêm de há muito tempo e que não cumprem, com o pré estabelecido.
Em tempos de muita chuva a capital Lisboa, é uma das cidades que mais sofrem, porque o rio Tejo fica ao nível das estradas e sempre que a chuva burila nos telhados e o vento é mais arrojado o rio galga suas margens sem pudor.
Jorge Humberto 29/10/10
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