
O ósculo da Rosa
Data 24/10/2010 14:56:55 | Tópico: Poemas
| Através da noite sem fim, em meio à dor Eu a beijo Depois da tormenta, na manhã ensolarada Eu a beijo Entre as carrancas amarguradas, dos que gratuitamente me odeiam Eu a beijo Sob o sol escaldante, nesse meu sertão tórrido, na brisa que sopra Eu a beijo Entre a ignorância do mundo e o cinismo dos canalhas Eu a beijo Diante da mesmice do dia-a-dia e da indolência das almas Eu a beijo Entre as dores das lembranças e os espinhos da experiência Eu a beijo Nas derrotas e nas vitórias desse nosso eterno digladiar com a vida Eu a beijo Como canção, rasgando o silêncio da minha solidão Eu a beijo Como poema que dilacera o coração Eu a beijo Num gozo de prazer sexual Eu a beijo De olhos fechados De olhos abertos Às escondidas Diante de todos Para a minha, à nossa alegria Beijemo-nos Como resposta e questão, início e fim, como morte e ressurreição, pela Rosa que habita em mim… Quero o ósculo da Rosa
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