
A MORTE É O FIM DE TUDO
Data 21/08/2007 19:56:35 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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Nascemos, morremos e depois nada. Há quem julgue sua vida reencarnada, Por um dá cá aquela coisa, hábitos De séculos, que nos torna estrábicos.
A morte tira e não devolve, é inteiriça. E se acaso fogo ou enxofre nos atiça, Nos últimos suspiros, é para que não Esqueçamos que a vida é uma suposição.
Nada nos salva aqui, em chegando A hora, e, até mesmo prevaricando, Todos são iguais em chegando a hora, E a morte acenando, nunca demora.
A morte é definitiva, não somos nem luz Nem reencarnação, e se isto bem seduz, É porque eles não sabem nem pensam, Que a vida é um estado em que adensam
A curiosidade e o misticismo romanesco, Proliferando a fantasia e o incesto, Fazendo de nós bonecos de lama, E nem temos direito à nossa própria cama.
Jesus disse: ergue-te e caminha! como, Se a morte já foi certeza; não há tomo Que valha, para justificar tal disparate, Mais parecendo revista de escaparate.
Jorge Humberto 19/08/07
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