
O Sono
Data 09/10/2010 02:33:54 | Tópico: Poemas
| Dai-me um corpo fraco, Corpo de excelente conforto – frágil, Submisso sobre o colchão da espera.
Torna a respiração lenta, e seca. Com a voz em murmúrio, luto sincero. Comoção das velas no escuro.
Que o corpo afogue entre lençóis e almofadas. E encontre o fundo líquido, amniótico – Lago jurássico, piche pulsante.
Quero o corpo ignorando a vida. Não sabe, o corpo, estar doente. Sabe a alma, que nega o sol.
Dai-me um corpo vazio de si, Torna o orgão um símbolo, ou um fantasma. E que o coração bata monótono tambor.
Agora, durmo para despedir o corpo. Em um passo sideral, adoto distancias, Arrasto estrelas para o meu interior oco.
E se um coágulo explode em rosa, no topo do pensamento último, pressinto que só durmo para Despertar.
|
|