
O FILHO DA GUERRA DE TODOS OS DIAS
Data 30/09/2010 14:04:22 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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O homem joga-se no abismo... O homem transforma-se no abismo... O homem foge agonicamente do abismo... O homem é essencialmente o abismo... O homem singra caminhos longos, oblíquos, doridos... O homem, habitando a selva de pedra do mundo iníquo, É ventania, alegria, caixão, senzala, poesia, fuzil, Escravos chibatados sobre o pelourinho... O homem, em facundo desafio, Posta-se frontalmente ao feral tanque assassino... O homem: sulcos, dédalos, pedras, espinhos... O homem pugna contra os doze signos do abismo... O homem cai e se soergue assertivo, altivo... O homem, favelas, utopias, trampos, caatingas, Sonoras, Savanas, redemoinhos... O homem sonha com o sol da dignidade e do altruísmo... O homem fica preso no templo da vilania e do egoísmo... O homem trafega pela rodovia da vida-morte em período contínuo.... O homem perde-se entre amores, saudades, vórtices, descaminhos... O homem floresce como laranjeira, esmeralda, pendão, criptográfico pergaminho: A certeza jazendo na vivenda do eternal exílio!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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