Confesso-me ao vento

Data 17/09/2010 22:20:30 | Tópico: Poemas -> Introspecção

Tropeço nos meus próprios sonhos
Inexorável o medo que os domina
Sou eu na fragilidade de um lamento
Um choro ficcionado nos meus olhos
Confesso-me ao vento. É só um cisco…

Já de mim fujo a tempo inteiro
Defraudada sou feita de restolhos
Até a alma desfolhada me abomina

Levito, feita em mil e uma partícula
Sou matéria amorfa, cremada viva
Confesso-me ao vento, meu único amigo




Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal



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